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Taxonomia e filogenia e dimerostemma, e sua relação intergenerica na subtribo Ecliptinae (Asteraceae : Heliantheae)

Texto completo
Autor(es):
Marta Dias de Moraes
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia
Data de defesa:
Membros da banca:
João Semir; George John Shepherd; Jimi Naoki Nakajima; Julie Henriette Antoinette Dutilh; Volker Bittrich; Luiza Sumiko Kinoshita; Maria do Carmo Estanislau do Amaral
Orientador: João Semir
Resumo

Dados de seqüências de nove regiões do genoma de cloroplasto foram obtidos para 34 dos 49 gêneros da subtribo Ecliptinae, tribo Heliantheae. As regiões analisadas incluem gene matK; introns petB, petD, trnL; e os espaçadores intergenéticos ndhI-ndhG, rpl20-rps12, accD-rbcL, trnT-trnL, trnL-trnF. A árvore de consenso de bootstrap revela que a subtribo Ecliptinae é monofilética, apresentando quatro clados principais. O clado basal corresponde a táxons endêmicos dos Andes e os outros encontram-se agrupados em uma tricotomia com cada um deles fortemente sustentado. Um destes clados contém um agrupamento morfologicamente heterogêneo, no qual se incluem Dimerostemma, Eclipta, e Wedelia. A morfologia comparativa dos táxons é discutida à luz dos resultados das análises filogenéticas e considerações biogeográficas são brevemente apresentadas. Uma segunda filogenia para a maioria dos membros da subtribo Ecliptinae, que é em grande parte neotropical, foi construída para esclarecer as relações inter - e infragenéricas de Dimerostemma e Angelphytum, utilizando ITS e ETS do DNA nuclear. A árvore de consenso estrito revelou a subtribo Ecliptinae como monofilética com sete clados principais. A maioria dos nós internos apresenta um bom suporte de bootstrap, o que não acontece, no entanto, para os nós basais. O clado composto pelas 18 espécies amostradas de Dimerostemma e Angelphytum consiste em três subclados principais. Encontra-se fortemente sustentado e é proximamente relacionado com um agrupamento de táxons, em sua maioria norte americanos. A única espécie anual, Dimerostemma annuum, apresenta-se basal e grupo irmão dos outros dois subclados. Cada um destes subclados compreende uma combinação de espécies de ambos os gêneros. A espécie tipo, Angelphytum matogrossense, encontra-se agrupada com a maioria das espécies de Dimerostemma amostradas. Este resultado indicou Angelphytum como sinônimo de Dimerostemma e as combinações sob Dimerostemma foram efetuadas. No Brasil ocorrem dezenove espécies de Dimerostemma. A circunscrição de Dimerostemma foi elaborada com o estabelecimento de uma nova espécie, proposição de sinonímias e validação de uma combinação. Todas as novidades taxonômicas aqui propostas serão validamente publicadas em um futuro próximo. O Brasil, com aproximadamente 80% das espécies conhecidas atualmente é o centro de diversidade do gênero. O gênero Dimerostemma é circunscrito pelo invólucro com uma série mais externa de brácteas involucrais semelhantes às folhas, pelo papus coroniforme não constrito, constituído por aristas geralmente bem desenvolvidas, robustas e contínuas com as margens da cipsela. É o único gênero da subtribo diferenciado pela presença de fitomelanina na base das aristas. As variações na forma das brácteas involucrais mais externas, ápice das páleas, cipselas do disco e papus revelaram-se caracteres diagnósticos na identificação das espécies. Uma chave, descrições e comentários para os membros brasileiros de Dimerostemma foram elaborados. Sinonímias, ilustrações, como também notas sobre distribuição, habitat, fenologia e citação de espécimes foram fornecidas (AU)

Processo FAPESP: 98/12857-1 - Relações filogenéticas nos gêneros Angelphytum e Dimerostemma (Asteraceae: Heliantheae)
Beneficiário:Marta Dias de Moraes
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado