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Caracterização biologica e morfologica da linhagem paulista de Schistosoma mansoni da região de Campinas, SP

Texto completo
Autor(es):
Cláudia Moura de Melo
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia
Data de defesa:
Membros da banca:
Luiz Cândido de Souza Dias
Orientador: Luiz Cândido de Souza Dias
Resumo

O Estado de São Paulo apresenta esquistossomose mansônica autóctone em várias regiões, entra elas a de Campinas. O presente trabalho foi elaborado com o objetivo de determinar características biológicas de Schistosoma mansoni recém-isolado do baiITO Jardim São Domingos, município de Campinas, SP. O isolamento foi feito em 1993, a partir de miracÍdios eclodidos de ovos das fezes de três pacientes autóctones e não tratados para esquistossomose. O estudo foi desenvolvido em modelo experimental camundongo swiss - Biomphalaria tenagophila simpátrica. Avaliou-se a suscetibilidade de 180 moluscos B. tenagophila expostos a I e 10 miracídios. Em 80 camundongos infectados pela cauda com 70 cercárias e sacrificados na décima semana, avaliou-se: suscetibilidade do S. mansoni ao oxamniquine (100 mg/Kg, dose única, via oral) e ao praziquantel ( 100 mg/Kg, 5 dias, via oral ); capacidade de penetração de cercárias e recuperação de vermes; peso corporal, do figado e do baço; mortalidade; diâmetro dos granulomas hepáticos e morfometria de vermes adultos e ovos. A mortalidade dos caramujos até os 77 dias de infecção foi 58,30/0 ( I miracídio ) e de 93,30/0 ( 10 miracídios ), indicando que a infecção foi significante na morte dos animais. Os índices de infecção foram baixos: 8,30/0 na infecção com 10 miracídios e 3,3_ó, com 1 miracÍdio. Estes dados indicam que a linhagem campineira CAMP-H não está bem adaptada ao seu hospedeiro intermediário. A quimioterapia experimental revelou que o praziquantel (95,4%) foi ligeiramente mais eficaz que o oxamniquine ( 94,4% ), sendo que a percentagem de vermes sobreviventes foi de 11,9% para a primeira droga e 17% para a segunda. Essas percentagens foram diferentes estatisticamente e consideradas altas, sendo necessários novos estudos para determinar o período de oviposição de vermes sobreviventes de c.amundongos tratados. Nos camWldongos infectados verificou-se altos índices de penetração de cercárias (98,1 % ) e de recuperação de vermes ( 53,3% ); alteração no crescimento ponderal dos animais infectados com diminuição de peso quando comparados com aqueles do grupo controle; no período entre a administração das duas drogas esquistossomicidas e sacrificio dos camWldongos, houve ganho de peso corporal dos animais tratados; hepatomegalia ( 3 :I: 0,56g) e esplenomegalia ( 0,82 :I: 0,23g) com aumentos de 72,8% e 100%, respectivamente, quando comparados com essas vísceras dos animais do grupo controle; reações granulomatosas hepáticas medindo 296,08 :1:81,27 J.lm2. O tamanho dos vermes machos foi de 6,15 :I: 1,47mm e das fêmeas de 5,02 :I: 1,22mm. Os ovos apresentaram largura média de 56,37 :I: 8,09J.lm e comprimento de 133,69 :I: 19,98J.lID. A linhagem de S. mansoni de Campinas, SP apresentou características distintas das linhagens paulistas SJ ( Vale do Paraiba ), ltariri ( Vale do Ribeira), Ourinhos ( Vale do Paranapanema); e da mineira BH ( Belo Horizonte) (AU)

Processo FAPESP: 92/01609-0 - Caracterização biológica e morfológica da cepa paulista de Schistosoma mansoni da região de Campinas, SP
Beneficiário:Claudia Moura de Melo
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado