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Influencia da adição de politetrafluoretileno (PTFE) nas propriedades fisicas, mecanicas e aderencia microbiana em resinas acrilicas

Texto completo
Autor(es):
Fabiana Gouveia Straioto
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Piracicaba, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Faculdade de Odontologia de Piracicaba
Data de defesa:
Membros da banca:
Altair Antoninha Del Bel Cury; Fernanda Faot; Rosemary Sadami Arai Shinkai; Rafael Leonardo Xediek Consani; Renata Cunha Matheus Rodrigues Garcia
Orientador: Altair Antoninha Del Bel Cury; Alfredo Júlio Fernandes Neto
Resumo

Resinas acrílicas são materiais amplamente empregados na Odontologia, especialmente os polímeros a base de polimetilmetacrilato (PMMA) para confecção de próteses. Dentre as vantagens deste material estão à estabilidade de cor, propriedades ópticas, estética satisfatória, estabilidade dimensional, fácil manipulação e propriedades físicas adequadas para aplicações odontológicas. Entretanto, como desvantagem deste material, está à susceptibilidade à aderência e desenvolvimento de biofilme por microrganismos presentes na cavidade bucal, como fungos e bactérias. A aderência de microrganismo é o primeiro evento para o desenvolvimento do biofilme o qual está relacionado ao estabelecimento de quadros clínicos patológicos como estomatite protética. Recentemente, a adição de modificadores na composição da resina acrílica tem sido proposta com o objetivo de melhorar as características de superfície, e conseqüentemente controlar a aderência de microrganismos. Entretanto, a mudança na composição da resina acrílica não deverá comprometer as propriedades físicas. Politetrafluoretileno (PTFE) tem sido usado como modificador para confecção de stents e cateteres devido a biocompatibilidade, alta resistência a agentes químicos e baixa energia de superfície. Assim, o objetivo neste estudo foi avaliar as propriedades físicas, características de superfície, aderência de microrganismos e formação de biofilme de suas resinas acrílicas, uma polimerizada em água quente com ciclo longo e a outra polimerizada pelo ciclo curto, contendo 2% de PTFE em sua composição e comparar com as mesmas resinas sem adição de PTFE. Para isto, três estudos foram realizados: 1- Propriedades físicas da resina acrílica - espécimes das resinas foram confeccionados de acordo com a norma ISO 1567:1999 (n=10) para cada teste mecânico: dureza de superfície, resistência ao impacto, resistência a flexão e o módulo de elasticidade e carga máxima foram calculados; 2 - Características de superfície da resina acrílica e aderência de Candida albicans: espécimes retangulares (n=10) para cada resina foram confeccionados e avaliados quanto à rugosidade, ângulo de contato, energia livre de superfície e aderência de Candida albicans. As células aderidas foram expressas por unidade formadora de colônia por área da superfície; 3- Biofilme formado na resina acrílica e sua composição: discos de resina acrílica (n=6) foram usados para formação de biofilme de Streptococcus mutans UA159, Streptococcus sanguinis ATCC 10556 e Actinomyces naeslundii ATCC 12104. A composição de polissacarídeos e unidades formadoras de colônia foram comparadas. Em todos os estudos, os resultados foram submetidos à análise variância a dois fatores e comparados pelo teste de Tukey (p=0,05). Os resultados não mostraram diferença estatisticamente significante para os valores de dureza de superfície (p>0,05). Entretanto, para os valores de resistência ao impacto e flexão para os grupos experimentais, contendo PTFE, apresentaram resultados significantemente menores (p<0,05) quando comparados aos grupos não adicionados de PTFE. Os valores de módulo de elasticidade da resina acrílica adicionada com 2% de PTFE polimerizada com o ciclo longo apresentaram os maiores valores comparados aos demais grupos (p<0,05). Não houve diferenças significativas para rugosidade, ângulo de contato e energia livre de superfície (p>0,05); houve uma tendência de redução de células de C. albicans no grupo com PTFE, mas não foi estatisticamente significante. Em relação, a formação e composição de polissacarídeo os resultados não apresentaram diferenças entre os grupos de resina acrílica (p>0,05). Os resultados sugerem que 2% de PTFE adicionada à resina acrílica não foi suficiente para promover mudanças nas propriedades mecânicas, aderência e composição do biofilme. (AU)

Processo FAPESP: 06/03090-7 - Avaliação in vitro do comportamento mecânico e adesão de microrganismos em resina acrílica modificada com politetrafluoretieleno
Beneficiário:Fabiana Gouveia Straioto
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado