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Ecologia Populacional de Bugios-Ruivos (Alouatta guariba) nos Municípios de Porto Alegre e Viamão, RS, Brasil.

Texto completo
Autor(es):
Marcia Maria de Assis Jardim
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia
Data de defesa:
Membros da banca:
Eleonore Zulnara Freire Setz; Adriano Garcia Chiarello; Antonio Rossano Mendes Pontes; Cristiana Saddy Martins; Fernando de Camargo Passos; João Vasconcellos Neto; Luiz Octavio Marcondes Machado
Orientador: Eleonore Zulnara Freire Setz
Resumo

Parâmetros populacionais são importantes indicadores de como as populações estão superando condições desfavoráveis e quais as suas perspectivas de sobrevivência a longo prazo. No período de dezembro de 1999 a dezembro de 2001, nós acompanhamos bimestralmente 10 grupos de bugios ruivos (Alouatta guariba clamitans) residentes em três fragmentos florestais nos municípios de Porto Alegre e Viamão, RS. Foram realizadas 13 expedições nas quais foram registrados os seguintes dados: data, horário, local e composição social de cada grupo. O intervalo médio entre os monitoramentos foi de 50,2 dias, totalizando 149 dias de campo e 219 encontros com grupos de bugios. O tamanho médio dos grupos foi de 8,2 indivíduos, sendo 1,3 machos adultos; 2,6 fêmeas adultas; 0,3 machos subadultos; 0,8 juvenis II; 2,3 juvenis I; 0,6 infantes II e 0,4 infantes I. Todos os grupos apresentaram alterações na composição social ao longo dos dois anos. Foram registrados 31 nascimentos, sendo a taxa anual de natalidade de 0,6 por fêmea adulta. O intervalo médio entre os nascimentos foi estimado em 14,7 meses. No decorrer do período, foram observados 16 casos de desaparecimentos (emigrações e/ou mortes) e uma imigração de uma fêmea adulta. Para enriquecimento da análise foram considerados mais cinco casos de desaparecimentos ocorridos em 1999 nos grupos de estudo, observados no período piloto e através de relatos de outros pesquisadores. Ao longo dos dois anos de monitoramento, o tamanho médio de área de vida estimado para os dez grupos foi de 4,4 ha pelo método do polígono mínimo convexo e 4,2 ha pelo método de esquadrinhamento (25x25m). A área de uso individual variou entre 0,2 a 1,1; com média de 0,5 ha por indivíduo. A sobreposição de áreas de uso variou de 0 a 39%. A densidade populacional e o tamanho de fragmentos foram os fatores mais determinantes no tamanho da área de uso e parecem ser melhores previsores para a espécie como um todo. Os resultados demonstraram um tamanho de grupo médio superior ao encontrado na literatura, altas taxas reprodutivas e variações relevantes na composição social dos grupos, indicando uma situação de crescimento populacional e dinâmica dos grupos intensa. A sobrevivência destas populações a longo prazo, no entanto, é incerta, devido à alta pressão de ocupação urbana e conseqüente fragmentação do hábitat, dificultando a dispersão efetiva dos indivíduos e aumentando as chances de depressão por endocruzamento (AU)

Processo FAPESP: 99/00024-8 - Ecologia populacional de bugios-ruivos (Alouatta fusca) nos municípios de Porto Alegre e Viamão, RS, Brasil
Beneficiário:Marcia Maria de Assis Jardim
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado