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Caracterização molecular dos antigenos RhD, (RhD fraco e RhD parcial) e sua aplicação na pratica transfusional

Texto completo
Autor(es):
Artemis Socorro do Nascimento Rodrigues
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Faculdade de Ciências Médicas
Data de defesa:
Membros da banca:
Lilian Maria de Castilho
Orientador: Lilian Maria de Castilho
Resumo

Considerando a imunogenicidade e importância clínica do antígeno RhD bem como o grande número de variantes RhD identificadas, estudos que possam esclarecer sua expressão e mecanismos moleculares envolvidos são importantes para a padronização de técnicas moleculares e sorológicas em diferentes populações. Assim foram nossos objetivos: padronizar técnicas moleculares para realização da genotipagem RHD fraco e determinar sua ocorrência na população brasileira; associar os tipos de RhD fracos encontrados com os haplótipos Rh presentes; e avaliar a aplicação da determinação do antígeno RhD na prática transfusional. Estudamos 503 amostras de DNA de doadores voluntários de sangue fenotipados como RhD ftaco. Destas amostras de DNA estudadas, 415 (82,5%) foram caracterizadas como RhD ftaco, 65 (12,9%) como RhD parcial, 15 (3%) apresentaram associações de RhD parcial e RhD ftaco e 8 (1,6%) foram RhD normal. I Os antígenos RhD fraco tipos 1, 3 e 4 foram os mais fteqüentes em nossa população. Como estes três tipos de RhD fraco não apresentam risco de aloimunização anti-D, pacientes assim classificadospodem ser transfundidos com sangue RhD-positivo. Nossos resultados demonstraram que 12,~A>das amostras fenotipadas como RhD fraco eram na verdade RhD parcial. Os antígenos RhD parciais encontrados em nosso estudo foram D~ DHMi e DVI. Quarenta (7,9%) amostras de DNA foram caracterizadas como D~ 16 (3,2%) como DHMi e 9 (1,8%) como DVI. A caracterização dos antígenos RhD parciais que reagem sorologicamente como RhD ftaco, tais como D DHMi e RhD categoria VI pode ser de grande auxilio na prevenção da aloimunização anti-D em pacientes politransfundidos e gestantes. A freqüência dos antígenos RhD parciais D~ DHMi e DVI encontrada em nossas amostras sugere um elevado risco de aloimunização ao antígeno RhD em pacientes fenotipados como RhD ftaco. - Das 503 amostras estudadas, 15 apresentaram mutações responsáveis pela expressão do antígeno RhD fraco e ao mesmo tempo mutações características de antígenos RhD parciais, ou seja, estas amostras possuíam os antígenos RhD fraco e RhD parcial associados. Estudamos quatro amostras de DNA de pacientes fenotipados como RhD :fraco que apresentavam anti-D. Nosso estudo demonstrou que a aloimunização anti-D nestes pacientes estava relacionada à presença de um antígeno RhD parcial e não a um antígeno RhD :fraco como diagnosticado sorologicamente. Duas amostras foram classificadascomo RhD parcial DAR, 1 como RhD parcial DHMi e 1 como DVI. Os resuhados demonstraram que os tipos de RhD fraco 1, 2, 3 e 4 que foram detectados à TA ou à 3'te e apresentaram grau de aglutinação superior a 1+ na AGH podem ser considerados como RhD positivo, pois não foram associados ao antígeno RhD parcial. Apesar deste trabalho ter sido o único que relacionou os tipos de RhD ftaco com o grau de aglutinação, a literatura revela que ainda não foi demonstrada aloimunização anti-D em pacientes portadores dos antígenos RhD fraco tipos 1,2 e 3. De acordo com os nossos resultados pode-se concluir que: 1. A transfusão com sangue RhD-positivo pode ser recomendada para todos os pacientes que apresentam os tipos do antígeno RhD :ftaco 1, 3 e 4 identificados por técnicas moleculares e para aqueles que apresentarem grau de aglutinação superior a 1+ na fenotipagem RhD. 2. A utilização de métodos de fenotipagem mais sensíveis em combinação com reagentes anti-D de alta afinidade é recomendada na detecção de antígenos RhD ftaco com baixa densidade antigênica em doadores de sangue; 3. Há necessidade da utilização de dois anti-soros monoc1onais (IgM e IgG) na determinação do antígeno RhD :ftacoem pacientes; 4. As genotipagens RHD, RHD ftaco e RHD parcial devem ser rea1i73dasquando os resuhados sorológicos não forem claros ou quando o paciente for politransfundido. 5. A biologia molecular associada à hemaglutinação pode aumentar consideravelmente a segurança transfusional pela mellior caracterização dos antígenos RhD em nossa população (AU)

Processo FAPESP: 02/02555-5 - Determinacao molecular dos antigenos rhd (d parcial e d fraco) e sua aplicacao na pratica transfusional e materno fetal.
Beneficiário:Artemis Socorro Do Nascimento Rodrigues
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado