Busca avançada
Ano de início
Entree


Alteração do tempo de transito epididimario: implicações no perfil proteico e outros parametros espermaticos

Texto completo
Autor(es):
Carla Dal Bianco Fernandez
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia
Data de defesa:
Membros da banca:
Wilma De Grava Kempinas; Maria Christina Werneck de Avellar; Eliana Milanesi Rubio
Orientador: Wilma De Grava Kempinas
Resumo

O epidídimo é um órgão do sistema reprodutor masculino, onde os espermatozóides passam pelo processo de maturação, adquirindo motilidade e capacidade fértil. O tempo de trânsito espermático pelo epidídimo (número de dias necessários para os espermatozóides serem transportados pelo órgão) parece ter um papel importante na maturação dos espermatozóides, e uma alteração desse tempo pode prejudicar o processo. Trabalhos da literatura mostram que a exposição de ratos machos a substâncias estrogênicas, como o dietilestilbestrol (DES), afeta o trato reprodutor masculino e provoca uma aceleração do tempo de trânsito dos espermatozóides pelo epidídimo, comprometendo a fertilidade nestes animais. O objetivo do presente trabalho foi avaliar a influência da alteração do tempo de trânsito dos espermatozóides no epidídimo sobre parâmetros espermáticos e fertilidade em ratos, bem como o papel da testosterona nestas alterações. Para tanto, dois modelos experimentais foram utilizados: o DES foi administrado para acelerar o tempo de trânsito espermático nos ratos, e a guanetidina, para retardá-lo, através da simpatectomia química na genitália interna masculina. Ratos machos adultos, da variedade Sprague-Dawley, foram divididos em quatro grupos experimentais: 1) tratado com injeções subcutâneas de dietilestilbestrol (DES), diluído em óleo de milho, na dose de 10µg/rato/dia, durante 12 dias; 2) tratado com injeções intraperitoneais de sulfato de guanetidina, dissolvido em solução salina, na dose de 6,25mg/kg/dia, por 12 dias; 3) mesmo tratamento do grupo 1, mais um suplemento androgênico, através de implantes de cápsulas siliconizadas e preenchidas com testosterona; 4) grupo controle, que recebeu as soluções veículo. O tratamento com guanetidina retardou o tempo de trânsito espermático na cauda do epidídimo, aumentando, assim as reservas de espermatozóides nessa região. Por outro lado, a exposição ao DES acelerou o trânsito espermático no epidídimo, diminuindo o número de espermatozóides na cabeça-corpo e na cauda, e reduziu a motilidade dos espermatozóides. Em ambos os casos, a produção espermática não foi alterada. A reposição de testosterona restaurou o tempo de trânsito espermático a valores próximos da normalidade, uma vez que foram maiores que o do controle. A reposição de testosterona também corrigiu a alteração na motilidade dos espermatozóides. Os animais expostos ao DES apresentaram uma tendência de prejuízo da fertilidade após o procedimento de inseminação artificial in utero, utilizando espermatozóides colhidos da região proximal da cauda do epidídimo. Assim, concluiu-se que a aceleração do tempo de trânsito espermático no epidídimo pareceu prejudicar a maturação normal dos espermatozóides nos ratos, diminuindo a qualidade espermática e a capacidade fértil, de maneira andrógeno-dependente (AU)

Processo FAPESP: 03/12156-3 - Alteracao do tempo de transito epididimario: implicacoes no perfil proteico e outros parametros espermaticos.
Beneficiário:Carla Dal Bianco Fernandez
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado