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Estudo de um potyvirus isolado de especies de Crotalaria

Texto completo
Autor(es):
Daniele Scandiucci de Freitas
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia
Data de defesa:
Membros da banca:
Jorge Vega; Valdir Atsushi Yuki; Ivan Godoy Maia; Marlene Aparecida Schiavinato
Orientador: Jorge Vega
Resumo

Foi estudado um vírus, preliminarmente considerado da família Potyviridae, infectando em condições naturais duas espécies de crotalária, nas quais induz sintomas de mosaico. O vírus foi denominado vírus do mosaico da crotalaria (VMCr). Foram analisados os seguintes aspectos: círculo de hospedeiras, propriedades "in vitro", transmissão por afídeos e pela semente, formas de transmissão mecânica, citopatologia, purificação, relações serológicas com outros potyvirus e massa da proteína do capsídeo. O círculo de hospedeiras ficou restrito a espécies da família Legumínosae, sendo uma das hospedeiras características Phaseolus vulgarís. 'Preto G-2', espécie na qual induz necrose local seguida de necrose sistêmica. As propriedades in vitro apresentaram valores dentro da faixa dos potyvirus. Foi demonstrada a transmissão pelos afídeos Aphis gossypíi, Myzus persicae e M. nicotíanae e com menor eficiência por lámina cortante. A transmissão mecânica convencional teve eficiência de cerca de 80%. Não foi observada transmissão pela semente. Foram observadas inclusões através de microscopia de luz, e caracterizada por microscopia eletrônica: elas são formadas por estruturas do tipo "cata-vento" e feixes ou rolos características dos potyvirus. O protocolo de purificação empregado apresentou baixo rendimento. Na comparação serológica através do teste de EllSA foi verificada relação com o vírus do endurecimento dos frutos do maracujá isolado no Brasil (VEFM). Utilizando anti-soro para esse vírus foi detectado o VMCr pela técnica PTA-ELlSA e western-blot. Através deste último método foi estimada a massa molecular relativa da proteína capsidial em 37 kDa. Considera-se que o VMCr seja um isolado do VEFM que tem evoluído no sentido de infectar principalmente leguminosas. Dados recentes da literatura indicam que o VEFM isolado no Brasil seria mais próximo ao vírus do maracujá isolado em África do Sul, diferente do VEFM. Isto provavelmente explicaria a divergência dos resultados aquI apresentados, no referente à morfologia das inclusões citoplasmáticas, dos relatados para o VEFM em outros países (AU)

Processo FAPESP: 98/00885-0 - Estudo de um Potyvirus isolado de espécies de Crotalaria
Beneficiário:Daniele Scandiucci de Freitas
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado