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Portal único (SILSTM) para ovário-histerectomia vídeo-assistida em cadelas

Texto completo
Autor(es):
Caio de Faria Tiosso
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Jaboticabal. 2016-03-04.
Instituição: Universidade Estadual Paulista (Unesp). Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias. Jaboticabal
Data de defesa:
Orientador: Wilter Ricardo Russiano Vicente
Resumo

Nos últimos anos a cirurgia minimamente invasiva vem ganhando cada vez mais adeptos por demonstrar vantagens inigualáveis em comparação à cirurgia convencional o que vem estimulando o desenvolvimento de instrumentais inovadores com potenciais aplicações na medicina veterinária. O presente estudo objetivou avaliar a técnica de portal único (SILSTM) para ovário-histerectomia videoassistida em cadelas, comparando-a à técnica laparoscópica videoassistida por “single-port” via endoscópio com canal de trabalho e com a técnica por celiotomia, verificando a curva de aprendizado, resposta inflamatória e comportamental, complicações trans-cirúrgicas e a perda sanguínea dos animais submetidos a estas técnicas. Foram avaliadas 30 fêmeas caninas, alocadas em três grupos com 10 animais em cada: ovário-histerectomia convencional por celiotomia (GI), ovário-histerectomia laparoscópica videoassistida por um único portal utilizando endoscópio com canal de trabalho (GII) e ovário-histerectomia laparoscópica com uso do dispositivo SILSTM (GIII). Foram avaliados os tempos cirúrgicos médios, numero de complicações trans e pós-cirúrgicas nos diferentes grupos, a intensidade da dor pós-operatória mediante aplicação da escalas de dor de Universidade de Melbourne, Glasgow e Morton e os níveis séricos da proteína C reativa e Interleucina-6 durante as primeiras 72 horas após o término dos procedimentos. A media de tempo obtidos foram de 30,20±6,41min para o grupo GI, 60,30±19,15 min para o grupo GII e 119,42±32,78 min para o grupo GIII. No GII ocorreram três complicações que não necessitaram de conversão da técnica cirúrgica e uma que necessitou de conversão e o GIII apresentou três complicações que necessitaram de conversão para a técnica aberta. Quanto ao sangramento transoperatório o grupo GI obteve a partir das gazes laparoscópicas uma média de 16,00±6,04g, o grupo GII 2,61±3,18g e o grupo GIII 3,79±1,78g. Ao final das 24 horas iniciais de avaliação, 90% dos animais do GI necessitaram de resgate analgésico, enquanto no GII e GIII, as porcentagens foram de 0% e 14,3%, respectivamente. As duas técnicas videoassistidas demonstram-se seguras e eficazes mesmo com a ocorrência de complicações. Os níveis de IL-6 e CRP atingem seu pico máximo em 12 e 24 horas respectivamente, e o aumento dessas parece estar diretamente relacionada ao tempo de cirurgia e não trauma gerado. O maior grau álgico observado nos pacientes do grupo GI demostra que a dor em procedimentos de OVH esta relacionada a manipulação visceral e a tração do pedículo ovariano. (AU)

Processo FAPESP: 12/25061-0 - Portal único (silstm) para ovário-histerectomia vídeo-assistida em cadelas
Beneficiário:Caio de Faria Tiosso
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado