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Novas e velhas formas de degradação do trabalho no agrohidronegócio canavieiro nas Regiões Administrativas de Presidente Prudente e Ribeirão Preto (SP)

Texto completo
Autor(es):
Maria Joseli Barreto
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Presidente Prudente. 2018-07-26.
Instituição: Universidade Estadual Paulista (Unesp). Faculdade de Ciências e Tecnologia. Presidente Prudente
Data de defesa:
Orientador: Antonio Thomaz Junior
Resumo

A pesquisa teve como objetivo analisar as implicações da reestruturação produtiva do capital, no âmbito da reprodução do agrohidronegócio canavieiro, nas Regiões Administrativas de Presidente Prudente e Ribeirão Preto, situadas no Estado de São Paulo e, nesse contexto, averiguar as formas como esse segmento atua na dinâmica territorial, nos (re)arranjos regionais e nos modos de organização e controle dos processos de produção e trabalho. Em termos de procedimentos metodológicos, buscou-se combinar revisão bibliográfica com levantamento e análise de dados secundários, pesquisa empírica com realização de entrevistas semiestruturadas, diário de campo e análise documental. Os resultados alcançados permitem destacar que as transformações em curso, na produção canavieira, demarcadas pela mecanização da colheita e plantio da cana-de-açúcar, são reflexo das ações e das estratégias do capital, em busca de seu constante processo de reprodução e acumulação. Para o capitalista, a tecnificação do processo produtivo da matéria-prima representa, antes de qualquer coisa, geração de mais-valia. Por isso, entre as estratégias incorporadas nas formas de organização e controle do trabalho, destacam-se os mecanismos que remetem à intensificação e prolongamento da jornada laboral. Também foi evidenciado que a tecnificação dos processos de produção e trabalho, somada às formas de organização e controle intrínseco ao taylorismo, fordismo, toyotismo e acumulação flexível, viabiliza, aos detentores dos meios de produção, mecanismos que conservam a captura da subjetividade e superexploração do trabalho como os principais baluartes da reprodução do agrohidronegócio canavieiro. Na verdade, mudaram-se os modos e os artifícios utilizados nesse processo de exploração. Além disso, foi observado que as máquinas, as inovações tecnológicas invisibilizam as reais condições de trabalho, vivenciadas pelos trabalhadores que atualmente vendem sua força de trabalho nos domínios do agrohidronegócio canavieiro, ao mesmo tempo em que ocultam a realidade vivenciada por grande parte dos trabalhadores que foram excluídos dos canaviais. (AU)

Processo FAPESP: 14/08022-6 - Novas e velhas formas de degradação do trabalho no agrohidronegócio canavieiro nas regiões administrativas de Presidente Prudente e Ribeirão Preto (SP)
Beneficiário:Maria Joseli Barreto
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado