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O comportamento dos consumidores de cigarro: efeitos das áreas livres de fumo no Brasil

Texto completo
Autor(es):
Camila Steffens
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: São Paulo.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA/SBD)
Data de defesa:
Membros da banca:
Carlos Roberto Azzoni; Rudi Rocha de Castro; Fernanda Gonçalves de La Fuente Estevan; Tatiane Almeida de Menezes
Orientador: Paula Carvalho Pereda
Resumo

Aproximadamente 135.000 brasileiros morrem por doenças relacionadas ao tabagismo anualmente (ERIKSEN et al., 2015). Devido à relevância do tabagismo como um problema de saúde, alguns estados e municípios adotaram áreas totalmente livres de fumo a partir de 2008. A legislação nacional passou a vigorar apenas a partir de dezembro de 2014. Nesse estudo, exploramos a variação regional da adoção dessa política para avaliar seus impactos no consumo de cigarro no Brasil. Para tanto, adotamos uma abordagem de diferenças-em-diferenças para estimar os efeitos ao longo dos anos de introdução das leis no comportamento de fumantes em dois grupos etários: adultos e jovens. Os impactos também foram estimados considerando diferentes níveis de aplicação das leis entre os estados. Construímos um painel utilizando micro dados da Pesquisa Nacional da Saúde (PNS), coletada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2013. Os resultados indicam que a criação de áreas livres de fumo reduziu, na média, em 7% o consumo de cigarro entre jovens, e isso ocorreu através do desincentivo à iniciação ao tabagismo. Esse impacto aumenta para 10% quando consideramos leis efetivamente aplicadas e desaparecem quando a aplicação é baixa. Em valores absolutos, esse efeito representa de 64 mil a 80 mil menos fumantes entre jovens nas capitais tratadas. Não foram encontrados efeitos em iniciação ao tabagismo e em consumo de cigarro entre adultos, mas leis fortemente aplicadas estão relacionadas a uma taxa de cessação do fumo de 1,2%. Testes de robustez mostram que os resultados são consistentes. Esse estudo contribui para a literatura sobre os efeitos das políticas de controle do tabagismo ao apresentar evidências para países em desenvolvimento (AU)

Processo FAPESP: 16/18683-5 - Comportamento da demanda de cigarro: impactos da política antifumo no Brasil
Beneficiário:Camila Steffens
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado