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Croton campestris A.St.-Hil.: atividades antitumoral e anti-inflamatória

Texto completo
Autor(es):
Paula Araujo Monteiro
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia
Data de defesa:
Membros da banca:
João Ernesto de Carvalho; Cristina Pontes Vicente; Humberto Moreira Spindola; Denise Gonçalves Priolli; Taize Machado Augusto
Orientador: Mary Ann Foglio; João Ernesto de Carvalho; Débora Barbosa Vendramini Costa
Resumo

O aumento da expectativa de vida e de hábitos que elevam a exposição à carcinógenos vêm promovendo um aumento na incidência de câncer, já que o envelhecimento do organismo e a inflamação crônica provocada por muitos desses fatores favorecem o desenvolvimento de tumores. A quimioterapia é a estratégia mais utilizadas no tratamento do câncer e neste contexto, a maior parte dos quimioterápicos utilizados atualmente advém de fontes naturais. Por isso, o objetivo desse trabalho foi aprofundar os estudos com a espécie "Croton campestris" A.St.-Hil., avaliando a composição de suas frações ativas, além de suas atividades anti-inflamatória e antitumoral, sugerindo um mecanismo de ação. A atividade citostática foi observada em cultura de células tumorais humanas com seletividade para linhagem de pulmão. O estudo dos mecanismos de morte promovida pela fração ativa FAIII6-8 sobre essa linhagem mostrou morte não apoptótica independente de caspases, com rápida elevação de ROS e aumento na expressão de RIP1, características de morte celular por necroptose. Esse dado é importante, visto que células tumorais têm como característica a evasão de processos apoptóticos. Além disso, houve também parada no ciclo celular, perda de potencial de membrana mitocondrial, e ativação de JNK, dados que corroboram a atividade citostática observada. Em modelos experimentais in vivo, as frações ativas promoveram potente inibição do desenvolvimento dos tumores sólidos de Ehrlich e de carcinoma pulmonar de Lewis, além de demonstrar atividade anti-inflamatória em modelos experimentais de edema de pata, edema de orelha, peritonite e colite. Os resultados obtidos nesses modelos confirmam a atividade anti-inflamatória da fração ativa testada, como a diminuição da primeira fase da inflamação aguda, a diminuição da migração leucocitária e da expressão de diversos mediadores inflamatórios como IL-6, IL-17, COX-2 entre outros. Os dados em modelo de colite apontaram, principalmente, para a interferência do tratamento no eixo IL-23/IL-17/IL-22. Além disso, em modelo de carcinogênese associado à colite, o tratamento com a fração FAIII6-8 preveniu o desenvolvimento de tumores somente quanto administrado desde as fases iniciais do processo carcinogênico, quando a inflamação atua como fator promotor. Corroborando esse dado, houve mínima influência do tratamento no modelo de carcinogênese não precedida por inflamação. Somado a esses dados, o óleo essencial dessa espécie foi aplicado sobre linhagens celulares tumorais apresentando importante atividade citostática. Portanto, a espécie brasileira "Croton campestris" A.St.-Hil. representa uma fonte de promissores agentes antitumorais e anti-inflamatórios (AU)

Processo FAPESP: 11/22457-7 - Isolamento, identificação e mecanismo de ação de princípios ativos com atividade anticâncer de Croton campestris A.St.-Hil.
Beneficiário:Paula Araujo Monteiro
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado