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Avaliação da qualidade higiênico-sanitária e nutritiva de bentôs comercializados no bairro da Liberdade, São Paulo

Texto completo
Autor(es):
Agnes Hanashiro
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: São Paulo.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Conjunto das Químicas (IQ e FCF) (CQ/DBDCQ)
Data de defesa:
Membros da banca:
Elizabeth Aparecida Ferraz da Silva Torres; Ana Maria Dianezi Gambardella; Odair Zenebon
Orientador: Elizabeth Aparecida Ferraz da Silva Torres
Resumo

A questão da segurança alimentar vem ganhando atenção global face as milhões de vítimas de doenças transmitidas pelos alimentos. Mudanças demográficas, econômicas e sociais têm provocado transformações nas sociedades que resultam em maiores riscos à saúde pública. A difusão do comércio de alimento de rua, principalmente nos grandes centros urbanos, pode ser considerada um forte reflexo dessas mudanças. Os bentôs constituem um lanche ou refeição pronta para consumo, considerado o primeiro alimento de rua no Japão, há mais de um século. Em vista das características de comercialização e dos alimentos envolvidos questionou-se a qualidade microbiológica e nutritiva de bentôs comercializados no bairro oriental em São Paulo. Foram analisadas 60 amostras coletadas durante a primavera e o verão e classificadas segundo seu risco epidemiológico. A composição variou de preparações à base de pescado cru às refeições completas. Fez-se a determinação de macronutrientes e a pesquisa de microrganismos indicadores, Escherichia coli, Staphylococcus aureus, Bacillus cereus e Salmonella spp. O valor nutritivo oscilou bastante, sendo a proporção média em relação ao valor energético total igual a 16% de proteína, 19% de lipídeos e 65% de carboidratos. O valor energético das porções variou de 136 a 885Cal. 65% das amostras foram observadas em condições higiênicas insatisfatórias. Dentre as bactérias patogênicas, B. cereus apresentou o maior risco percentual, sendo que 40% das amostras estavam fora dos padrões considerados seguros. Não houve diferença estatística na contagem microbiana em relação à época de coleta ou ao tipo de amostra. A constatação de que 73,3% das amostras encontravam-se impróprias para consumo pode se agravar, em vista das características intrínsecas e de conservação observadas. O consumo de bentôs representa um perigo potencial à saúde, sendo necessários maiores investimentos em educação em saúde a todos os envolvidos na cadeia alimentar, incluindo os consumidores, como uma forma efetiva de inibir os riscos à saúde pública. (AU)

Processo FAPESP: 99/06980-8 - Avaliação microbiológica e centesimal de bentôs comercializados no bairro da Liberdade, São Paulo
Beneficiário:Agnes Hanashiro
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado