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Análises deformacionais, cristalográficas e petrocronológicas dos milonitos da Zona de Cisalhamento de Taxaquara (Faixa Ribeira, São Paulo)

Texto completo
Autor(es):
Bruno Vieira Ribeiro
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: São Paulo.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Instituto de Geociências (IG/BT)
Data de defesa:
Membros da banca:
Ginaldo Ademar da Cruz Campanha; Sergio Wilians de Oliveira Rodrigues; Luis Gustavo Ferreira Viegas
Orientador: Ginaldo Ademar da Cruz Campanha
Resumo

A Zona de Cisalhamento de Taxaquara (ZCT) corresponde a uma grande estrutura transcorrente da Faixa Ribeira (FR), SE Brasil. Na área de estudo, nos entornos do município de Pilar do Sul no interior de São Paulo, a ZCT apresenta foliação milonítica penetrativa de orientação NE-SW com mergulho preferencial para SE e lineações de estiramento com caimento variado. Dados de vorticidade e strain finito indicam que a ZCT foi desenvolvida dentro de um sistema regional transpressivo, com características de sub-simple shear, em condições de médio a alto strain. A ZCT separa os grupos Votuverava e São Roque e corta as suítes ígneas de Pilar do Sul e Piedade dando origem a milonitos quartzo-feldspáticos com matriz neoformada composta por quartzo + oligoclásio + K-feldspato + biotita + muscovita + rutilo + magnetita. Pseudosseção com isopletas de Si (p.f.u) em muscovita e número molar de sódio (\'X IND.Na\') em plagioclásio, acoplada com o geotermômetro muscovitabiotita, restringe as condições de deformação em 513 - 525°C e 3.9 - 4.4kbar. Microestruturas e orientações preferenciais cristalográficas (OPC) indicam que grãos de quartzo de ribbons monominerálicos acomodam a deformação através de dislocation creep atingindo a transição entre rotação de subgrão e migração de borda de grão, a um strain rate médio entre 10-13 - 10-12 s-1, com fábricas de OPC predominantemente monoclínicas com ativação dos sistemas de deslizamento \'basal-\' + \'rhomb-\' durante a deformação. No entanto, OPCs de quartzo e feldspato muito finos da matriz polifásica indicam possível mudança no mecanismo de deformação, passando de dislocation creep para diffusion creep. Análises petrocronológicas a partir idades de 40Ar/39Ar em muscovita e U-Pb (LASS- ICP-MS) de apatita, titanita e zircão indicam que a ZCT esteve ativa, continuamente ou não, entre 544 ± 4.0 Ma e 534 ± 1.5 Ma. Essas idades, casadas com temperaturas de fechamento, indicam cooling rate de ~5°C/Ma conforme indicado por estudos regionais. Os dados petrocronológicos da ZCT contrastam com as idades de zonas de cisalhamento próximas, os quais são comumente obtidos por análises de fase minera única e sem demonstrar relação químico-textural com a deformação e metamorfismo. Dessa forma, uma revisão de detalhe das idades de zonas de cisalhamento da FR se faz necessária sob a óptica da petrocronologia casando idades com textura e química mineral para que o entendimento e o significado dessas estruturas crustais dentro da FR sejam melhores compreendidos. (AU)

Processo FAPESP: 18/00320-9 - Análises cristalográficas, deformacionais e termocronológicas dos milonitos da zona de cisalhamento de Taxaquara (São Paulo)
Beneficiário:Bruno Vieira Ribeiro
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado