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Análise dos critérios para ajuste do suporte ventilatório da ventilação mecânica

Texto completo
Autor(es):
Renata Pletsch Assunção
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: São Paulo.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Medicina (FM/SBD)
Data de defesa:
Membros da banca:
Pedro Caruso; Juliana Carvalho Ferreira; Pedro Medeiros Junior; Mauro Roberto Tucci
Orientador: Pedro Caruso
Resumo

Introdução: A assistência ventilatória adequada é imprescindível para o tratamento do paciente ventilado artificialmente. A busca por parâmetros para realizar o ajuste ótimo e que tenham aplicação fácil a beira leito como, por exemplo, métodos não-invasivos, são desejáveis. Objetivo: analisar a acurácia diagnóstica das variáveis do padrão respiratório, da P0.1 esofágica e traqueal, para o ajuste da assistência ventilatória em pressão de suporte. Métodos: Vinte e sete pacientes internados em unidade de terapia intensiva foram consecutivamente incluídos no estudo. Todos pacientes estavam no modo de pressão de suporte, que foi aumentada para 20 cmH2O e diminui em passos de 3 cmH2O, até 2 cmH2O ou antes se o paciente apresentasse sinais de desconforto respiratório. Os pacientes foram monitorizados com cateteres para medidas de pressão esofágica e gástrica, com uma peça proximal ao tubo para mensurar a pressão traqueal a partir da oclusão da via aérea e com um pneumotacógrafo para medidas de fluxo. Durante todos níveis de suporte, foram gravados os dados dos cateteres esofágicos, gástricos, da traquéia, dados hemodinâmicos e do padrão respiratório. O ajuste da assistência ventilatória foi classificado como adequado, insuficiente e excessivo de acordo com critérios pré-estabelecidos. Resultados: Foram analisados 210 períodos com diferentes pressões de suporte e em 49% destes períodos a assistência foi excessiva, enquanto em 3,8% a assistência foi insuficiente. No início do estudo, enquanto os pacientes ainda estavam com a assistência ventilatória ajustada pela equipe assistente, 48,2% apresentavam assistência ventilatória excessiva. Pela pequena incidência de períodos com assistência ventilatória insuficiente, não foi avaliado a acurácia das variáveis para diagnóstico de assistência insuficiente. Para diagnosticar assistência ventilatória excessiva, a variável do padrão respiratório que se mostrou mais acurada foi a frequência respiratória, com sensibilidade de 90% e especificidade de 88% quando a frequência respiratória foi menor que 17 incursões por minuto. Outras variáveis do padrão respiratório não mostraram elevada acurácia. Também para o diagnóstico de assistência excessiva, foi elevada a acurácia da P0.1 esofágica (sensibilidade de 81% e especificidade de 70% quando P0.1 <= 1,9) e da P0.1 traqueal (sensibilidade de 81% e especificidade de 70% quando P0.1 <= 2,1). Conclusão: A ocorrência de assistência ventilatória excessiva foi significativamente maior que a assistência ventilatória insuficiente. A frequência respiratória menor que 17 foi a variável do padrão respiratório com maior acurácia para diagnosticar assistência ventilatória excessiva. As P0.1 esofágica e traqueal também tiveram acurácia elevas, mas menores que a frequência respiratória . (AU)

Processo FAPESP: 12/09170-3 - Análise dos Critérios para Ajuste do Suporte Ventilatório da Ventilação Mecânica
Beneficiário:Renata Pletsch Assunção
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado