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Relações gradientes V-V em sequências VCV no português brasileiro

Texto completo
Autor(es):
Laudino Roces
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Estudos da Linguagem
Data de defesa:
Membros da banca:
Eleonora Cavalcante Albano; Wilmar D'Angelis; Ricardo Melina de Figueiredo; José Olimpio Magalhães; Beatriz Raposo de Medeiros
Orientador: Eleonora Cavalcante Albano
Resumo

Esta pesquisa teve por finalidade estudar as relações formânticas vogal -a - vogal em sequências V'CV do Português Brasileiro, descritas na literatura como coarticulação ou coprodução V-V. O corpus do trabalho foi composto de pares V-V, com as vogais /i,e,a,o,u/ na posição pré-tônica e as vogais /i,e,E, a, ç, o,u/ na posição tônica, com dados de 20 falantes do Português Brasileiro da região sudeste. As análises dos dados foram divididas e quantitativas e qualitativas. Nas quantitativas, utilizamos os valores acústicos da totalidade do corpus e nas qualitativas efetuamos testes individuais nos sujeitos do corpus e, a partir daí, tabulamos os resultados, passando a tratá-los qualitativamente. Estas duas categorias de análise possibilitaram a reunião de uma série de elementos sobre a descrição das relações coarticulatórias V-V em sequências VCV, algumas delas inéditas na literatura. Observamos que as relações formântica V-V apresentam não só a possibilidade deassimilar a configuração formântica da vogal adjacente, mas, também a possibilidade de dissimilar, ou seja, da influência da vogal adjacente fazer com que os formantes aumentem ou diminuam seu valor no sentido contrário ao que se esperaria na assimilação. Outro elemento importante do estudo foi a introdução de uma variável visando o controle da fala hiperarticulada, ou fala clara, A diferença entre as sequências com e sem foco foram significativas nas análises quantitativas. A duração para as sequências com foco foram sempre maiores. Medimos também a diferença dos entre F1 e F2, chamando-as Delta V-V. Nas associações entre os processos de assimilação/dissimilação e Delta V-V, os resultados dos testes apontam para uma relação significativa entre a presença de efeitos de assimilação/dissimilação e a ocorrência de comportamento previsível em Delta V-V em F2. Os resultados das análises individuais utilizando o modelo GLM mostram que os sujeitos, em geral, apresentaram resultados tanto para os processos de assimilação quanto para os processos de dissimilação. O estudo mostrou que não se pode esperar um comportamento gradiente completamente previsível dos processos fônicos V-V, e, sim, tendências e direcionamentos, sob a influência de uma série de variáveis (AU)

Processo FAPESP: 06/50588-0 - Efeitos de coproducao de vogal a vogal sobre os deslocamentos das vogais medias no espaco vocalico do portugues brasileiro.
Beneficiário:Laudino Roces Rodrigues
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado