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A indústria fonográfica e a música caipira gravada: uma experiência paulista (1878-1930)

Texto completo
Autor(es):
Juliana Pérez González
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: São Paulo.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH/SBD)
Data de defesa:
Membros da banca:
José Geraldo Vinci de Moraes; Virginia de Almeida Bessa; Alberto Tsuyoshi Ikeda; Ivan Vilela Pinto; Flávia Camargo Toni
Orientador: José Geraldo Vinci de Moraes
Resumo

A presente pesquisa investiga o surgimento da música caipira gravada na fonografia brasileira durante a instauração do mercado do disco em São Paulo, entre 1878 e o começo da década de 1930. Observa-se um crescente mercado de música gravada e certo abandono das preferências musicais da cidade por parte das gravadoras ativas durante a fase mecânica do disco. Tal espaço foi preenchido pelos selos internacionais que chegaram no final dos anos 1920 e gravaram música de legítimos caipira paulistas, visando conquistar o mercado do Estado. O sucesso em vendas das primeiras gravações de música caipira paulista relaciona-se com o auge das representações caipiras, provenientes do século XIX, que alimentavam a nascente indústria do entretenimento urbano. Foram também importantes estratégias de propaganda orquestradas inicialmente pela Columbia, vinculando as gravações de músicos caipiras com o folclore, assim como a promoção realizada por intermédio de Cornélio Pires. Ademais, a música caipira gravada ajustou-se à necessidade sentida pelas elites hegemónica, de criar uma identidade cultural paulista que solapasse as tensões e conflitos raciais, culturais e de classe irresolutos durante a Primeira República. (AU)

Processo FAPESP: 13/17105-0 - Entre a tradição e a modernidade: a música caipira na indústria fonográfica brasileira entre as décadas 1910 e 1930
Beneficiário:Nora Juliana Pérez González
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado