Busca avançada
Ano de início
Entree


Vegetação, temperatura de superfície e morfologia urbana: um retrato da região metropolitana de São Paulo

Texto completo
Autor(es):
Luciana Schwandner Ferreira
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: São Paulo.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU/SBI)
Data de defesa:
Membros da banca:
Denise Helena Silva Duarte; Teodoro Isnard Ribeiro de Almeida; Eugênio Fernandes Queiroga; Humberto Ribeiro da Rocha; Luciana Rodrigues Fagnoni Costa Travassos
Orientador: Denise Helena Silva Duarte
Resumo

O objetivo desta pesquisa é examinar a relação entre vegetação, temperatura de superfície e morfologia urbana na Região Metropolitana de São Paulo, tanto espacial quanto temporalmente. Para tanto utilizam-se índices de vegetação e imagens termais diurnas e noturnas do satélite Aqua-MODIS de 2002 a 2017, além de mapeamento da morfologia urbana de acordo com o conceito de local climate zones. As hipóteses que norteiam o trabalho são as de que áreas com a presença de vegetação apresentam menor temperatura superficial ao longo de todo o ano e que a supressão da vegetação acarreta aumento de temperatura superficial. Os resultados evidenciam que as áreas mais urbanizadas apresentam temperatura de superfície diurna e noturna superior às áreas menos urbanizadas, sendo que a área urbanizada não se apresenta homogênea: áreas com maiores índices de vegetação e/ou edifícios mais altos apresentam temperatura de superfície inferior a outras tipologias urbanas no período diurno e áreas com edifícios altos e índices de vegetação baixos apresentam temperatura superficial noturna mais elevada, característica compatível com o padrão de ilha de calor de superfície. As áreas que apresentaram perdas extensas de vegetação e intervenções urbanas, como a implantação de pavimentação, apresentaram aumento de temperatura superficial, sendo os resultados temporais fortemente dependentes da escala de análise. A correlação entre a temperatura de superfície e os índices de vegetação é alta e negativa para todo o período analisado, mantendo-se elevada tanto nas estações com temperaturas superficiais acima da média do período como naquelas com precipitação abaixo da média do período, indicando o papel da vegetação tanto na atenuação das temperaturas superficiais na RMSP quanto sua possível resiliência às situações extremas de temperaturas elevadas e baixa precipitação. (AU)

Processo FAPESP: 15/17360-5 - O impacto da supressão da vegetação no microclima urbano: acoplamento de estudos de sensoriamento remoto e de solo. Subsídios para o planejamento da vegetação urbana.
Beneficiário:Luciana Schwandner Ferreira
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado