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Controle estrutural da mineralização aurifera na mina de Cuiaba, setor noroeste do Greenstone Belt, Rio das Velhas, Quadrilatero Ferrifero, MG

Texto completo
Autor(es):
Catarina Laboure Benfica Toledo
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Geociências
Data de defesa:
Membros da banca:
Alfonso Schrank; Carlos Roberto de Souza Filho; Carlos Alberto Rosiere
Orientador: Alfonso Schrank
Resumo

A Mina de Cuiabá localiza-se na porção norte do Quadrilátero Ferrífero e está inserida em uma seqüência de rochas Arqueanas que compõem a base do greenstone belt Rio das Velhas. Esta pesquisa foi dedicada ao estudo detalhado, em escala 1:100, das estruturas tectônicas existentes neste depósito e tem como objetivo central apresentar a análise estrutural qualitativa destas estruturas e suas relações com os corpos mineralizados. A sucessão litológica presente na mina é caracterizada por dois conjuntos distintos: (i) um conjunto basal constituído por derrames basálticos sub-aquáticos, com intercalações de filitos carbonosos e uma camada de formação ferrífera bandada e (ii) no topo, um conjunto essencialmente sedimentar caracterizado pela altemância de metapelitos carbonosos e metagrauvacas, compondo uma típica seqüência turbidítica. A deformação atuante na área teve caráter heterogêneo, não-coaxial e progressivo, tendo sido processada em diferentes níveis crustais e em três fases de deformação sucessivas. As estruturas pertencentes às fase DI e Dz desenvolveram-se em regime crustal dúctil a dúctil rúptil, sob atuação de esforços compressivos orientados na direção SE/NW. Estas duas fases mostram uma evolução coaxial e progressiva, com transporte tectônico orientado de SE para NW. As estruturas pertencentes à fase D3 formaram-se em regime predominantemente rúptil-dúctil e refletem a atuação de esforços compressivos, orientados na direção E/W. A estruturação geral do depósito é condicionada por uma grande dobra anticlinal (Fz), com flanco norte invertido, delineada pelo dobramento do acamamento primário. Esta dobra apresenta geometria tubular, com fechamento apical apontando para noroeste e eixo inclinado cerca de 30° para sudeste. A mineralização aurífera está hospedada nas porções sulfetadas da camada de formação ferrífera bandada. O ouro ocorre incluso na pirita, que constitui o sulfeto mais abundante dentro dos corpos mineralizados. Estes corpos são concordantes com o acamamento primário e têm sua geometria controlada por falhas de empurrões e direcionais, desenvolvidas nos estágios avançados da fase Dz. A dimensão maior dos corpos sulfetados é paralela à lineação de estiramento Lez e ao eixo da dobra tubular que controla a estruturação geral da mina. As estruturas e texturas observadas nos corpos mineralizados revelaram que a existência da mineralização aurífera está relacionada em grande parte à processos epigenéticos, os quais implicam na sulfetação da formação ferrífera bandada adjacente à fraturas e/ou veios quartzo-carbonáticos. Neste contexto, duas gerações de sulfetos foram identificadas: (O a primeira, pré a cedo DI. está relacionada à sistemas de fraturamento hidráulico, que além de facilitar o acesso de fluidos à formação ferrífera bandada também funcionaram como sítios para deposição de sulfetos e ouro; (ii) a segunda geração, sin Dz, está relacionada a remobilização local da mineralização, que promoveu a concentração de sulfetos nas chameiras de dobras mesoscópicas Fz ou em faixas paralelas a Sz (AU)

Processo FAPESP: 96/00541-4 - Controle estrutural da mineralização aurífera na mina de Cuiabá setor noroeste do greenstone belt Rio da Velhas, Sabará, Minas Gerais
Beneficiário:catarina laboure bemfica toledo
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado