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Razões das perdas dentarias em adultos em idade economicamente ativa, São Paulo, SP

Texto completo
Autor(es):
Marília Jesus Batista
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Piracicaba, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Faculdade de Odontologia de Piracicaba
Data de defesa:
Membros da banca:
Maria da Luz Rosário de Sousa; Silvio Rocha Correa da Silva; Ronaldo Seichi Wada
Orientador: Maria da Luz Rosário de Sousa
Resumo

Os objetivos deste trabalho foram verificar as condições de saúde bucal de adultos de 20 a 64 anos (cap. 1), identificar os indicadores de risco associados às perdas dentárias (cap. 2), bem como avaliar o impacto da saúde bucal na qualidade de vida (cap. 3). Este estudo foi realizado nas 11 unidades de uma empresa do ramo atacadista, na Região metropolitana de São Paulo e Jundiaí. Foram examinados 386 adultos de 20 a 64 anos, a faixa etária foi dividida em classes, de 20 a 34 anos, de 35 a 44 anos, e de 45 a 64 anos. Os exames clínicos seguiram as recomendações da Organização Mundial da Saúde (1997) e um questionário foi aplicado para obtenção de dados demográficos, socioeconômicos, de autopercepção em saúde, e de utilização de serviços odontológicos, o impacto da saúde bucal na qualidade de vida foi avaliado através do OHIP 14 (Oral Health Impact Profile). Foi realizada uma análise descritiva das variáveis estudadas, o teste Kruskal Wallis para comparar o CPOD (índice que expressa a soma de dentes cariados, perdidos e obturados) entre os grupos etários, e teste do qui-quadrado para verificar as necessidades de tratamento entre os grupos. A perda dentária foi analisada em dois desfechos, a perda de algum dente, e a perda de quatro ou mais dentes, utilizando-se do modelo de Regressão de Poisson. O quartil de impacto mais severo do OHIP foi o desfecho do capítulo 03, que foi analisado pelo modelo de regressão de Poisson com as variáveis demográficas, socioeconômicas, clínicas e de utilização de serviços. O CPOD da amostra geral foi 14,56 (±8,31), variando de 10,79 (±6,95) a 22,10 (±7,32) nos grupos etários. Este aumento ocorreu pelo componente dentes perdidos. Quanto à condição periodontal observou-se que 78,8% apresentou sangramento, a perda de inserção foi observada em 46,4% da amostra. Necessidades de tratamento para a cárie foram encontradas em 53,5% dos adultos. A média de dentes perdidos foi 5,38, e variou de 1,30 nos mais jovens a 24,75 nos adultos de 60 a 64 anos. Encontrou-se maior prevalência de perda dentária de um ou mais dentes nos mais velhos, nos que apresentaram placa visível no momento do exame, e em quem foi ao dentista há menos de um ano. Os indicadores de risco da perda de quatro dentes ou mais foram: ser mais velho, apresentar placa visível e possuir renda familiar mais baixa. Observou-se neste estudo que as dimensões mais afetadas do OHIP foram dor física e desconforto psicológico. Ser mulher, possuir menor renda familiar, procurar o dentista motivado por dor, ter perdido 4 dentes ou mais e ter apresentado alguma necessidade de tratamento para a cárie foram fatores associados ao maior impacto na qualidade de vida. É necessária a implantação de programas de promoção de saúde bucal baseados na equidade, integralidade e universalidade, que visem ao empoderamento da população jovem e adulta, a fim de que sejam prevenidas novas perdas dentárias, melhorando a qualidade de vida de adultos trabalhadores e diminuindo os efeitos das desigualdades socioeconômicas. (AU)

Processo FAPESP: 07/57547-0 - Razoes das perdas dentarias em adultos em idade economicamente ativa, sao paulo.
Beneficiário:Marília Jesus Batista de Brito Mota
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado