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Efeito da infecção com Candida albicans no desenvolvimento da Encefalomielite Autoimune Experimental

Texto completo
Autor(es):
Thais Fernanda de Campos Fraga Silva
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Botucatu. 2016-04-15.
Instituição: Universidade Estadual Paulista (Unesp). Instituto de Biociências. Botucatu
Data de defesa:
Orientador: Alexandrina Sartori
Resumo

A esclerose múltipla é uma doença autoimune ainda sem cura que acomete o sistema nervoso central (SNC). Evidências observadas em pacientes e em modelos experimentais indicam que infecções fúngicas e/ou derivados fúngicos podem contribuir com a patogênese da doença. Neste contexto, o objetivo deste projeto foi avaliar o efeito da infecção por Candida albicans e derivados fúngicos no desenvolvimento da encefalomielite autoimune experimental (EAE) que é o modelo murino desta patologia. Para avaliar o papel da infecção, camundongos C57BL/6 foram infectados com C. albicans três dias antes da indução da EAE. A infecção prévia agravou os sinais clínicos da doença. Este agravamento foi relacionado com a disseminação do fungo para o SNC e aumento da produção de citocinas encefalitogênicas (TNF-a, IL-6, IL-17 e IFN-y) tanto na periferia (baço) quanto no SNC. Para avaliar o efeito de derivados fúngicos no desenvolvimento da EAE, camundongos foram inoculados com três doses de gliotoxina ou de leveduras mortas de C. albicans após a indução da doença. A inoculação de gliotoxina resultou em sintomatologia mais grave, associada com um intenso infiltrado inflamatório e maior produção de TNF-a no SNC. De forma distinta a inoculação de leveduras mortas resultou em uma doença bem mais branda, com menor porcentagem de células apoptóticas e baixa produção de citocinas encefalitogênicas no SNC. Considerando que recentemente nosso grupo de pesquisa demonstrou que a vacinação com MOG associada à vitamina D (MOG+VitD) preveniu a encefalomielite, investigamos também se a infecção por C. albicans é capaz de quebrar a tolerância induzida por esta vacinação. Para isto, camundongos foram vacinados com MOG+VitD, infectados com C. albicans e depois submetidos à indução da EAE. A vacinação determinou proteção caracterizada por melhora significativa da sintomatologia, decréscimo acentuado na produção de citocinas encefalitogênicas no baço e no SNC e expansão de células T reguladoras. No seu conjunto os resultados desta investigação indicam que derivados fúngicos, dependendo de suas características, podem ser deletérios ou protetores no desenvolvimento da EAE. (AU)

Processo FAPESP: 13/14353-2 - Efeito da infecção com Candida albicans no desenvolvimento da Encefalite Autoimune Experimental
Beneficiário:Thais Fernanda de Campos Fraga da Silva
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado Direto