Busca avançada
Ano de início
Entree


Monitoramento de inóculo, suscetibilidade de frutos à infecção e eficiência de fungicidas para o controle da pinta preta dos citros durante o desenvolvimento do fruto em pomares de laranja doce

Texto completo
Autor(es):
Régis de Oliveira Fialho
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Piracicaba.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALA/BC)
Data de defesa:
Membros da banca:
Geraldo José da Silva Junior; Lilian Amorim; Franklin Behlau; Franklin Jackson Machado
Orientador: Geraldo José da Silva Junior
Resumo

Phyllosticta citricarpa produz ascósporos e picnidiósporos, os quais apresentam importância na epidemiologia da pinta preta dos citros no Brasil. Entretanto, a quantificação dos dois tipos de inóculos nos pomares é pouco estudada. Além disso, a suscetibilidade de frutos a P. citricarpa, bem como o período crítico para o controle da pinta preta, têm sido reportados como variáveis em diferentes áreas onde a doença ocorre no mundo. Portanto, esse estudo tem como objetivos: (i) monitorar e quantificar ascósporos e picnidiósporos em pomares comerciais; (ii) determinar o período de suscetibilidade de frutos de laranja doce à P. citricarpa por meio de inoculação artificial de esporos em diferentes estágios de desenvolvimento dos frutos em pomares comerciais; e (iii) avaliar a eficiência de oxicloreto de cobre e da piraclostrobina aplicado em diferentes fases de desenvolvimento dos frutos para o controle da pinta preta em pomar comercial. O monitoramento de inóculo de P. citricarpa foi realizado em dois pomares de laranja ‘Valencia’ durante duas safras no estado de São Paulo (SP), Brasil, usando mudas de laranja como armadilha de esporos combinadas com análises de PCR em tempo real. Nas armadilhas mantidas sob a copa de árvores o número máximo de cópias ITS do patógeno detectadas foi 407 por cm2, enquanto nas armadilhas mantidas fora da copa foi ~60 cópias/cm2. O maior número de cópias foi extraído principalmente entre outubro e março, com picos de amplificação entre novembro e fevereiro. Entre março e julho, menos de 20 cópias/cm2 foram detectadas nas armadilhas. O número de cópias foi positivamente correlacionado com o número de dias chuvosos (≥ 5mm) e com a duração do molhamento foliar. A suscetibilidade de frutos a infecções por P. citricarpa entre outubro a julho foi avaliada em dois pomares de ‘Valencia’ em SP. Os sintomas da doença e a queda de frutos foram mais intensos em frutos inoculados de outubro a fevereiro, com menos sintomas entre março e julho. As maiores severidades da doença foram de 20, 15 e 10% nos frutos inoculados com 105 esporos/mL mensalmente (total de 10 vezes) de outubro a julho e em frutos inoculados apenas uma vez em novembro ou dezembro, respectivamente. A eficiência da aplicação de cobre ou piraclostrobina para a proteção de frutos após a queda de pétalas foi avaliada em laranja Natal em SP. A incidência da doença foi reduzida em ~50% com aplicações de cobre a partir da queda de pétalas até junho/agosto, enquanto as reduções por aplicações de QoI foram de 80 a 90%. A falta de uma aplicação de QoI durante 38 a 42 dias não resultou em aumento da doença, embora a falta de uma aplicação de cobre durante 26 a 28 dias entre dezembro e março aumentaram a intensidade da doença no fruto. De acordo com os resultados obtidos em diferentes experimentos que avaliaram a quantidade de inóculo, a suscetibilidade dos frutos e eficácia dos fungicidas, o controle da pinta preta não pode ter falhas principalmente de novembro a fevereiro devido à presença de inóculo e condições climáticas mais favoráveis para infecções dos frutos e ocorrência de doença nos pomares paulistas. (AU)

Processo FAPESP: 18/14514-0 - Monitoramento e quantificação molecular de inóculo, suscetibilidade de frutos às infecções por Phyllosticta citricarpa e determinação do período crítico para aplicação de fungicidas no controle da pinta preta em pomares de laranja
Beneficiário:Regis de Oliveira Fialho
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado