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Análise morfométrica tridimensional dos arcos dentários de crianças com fissura labiopalatina: estudo longitudinal

Texto completo
Autor(es):
Bianca Zeponi Fernandes de Mello
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Bauru.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB/SDB)
Data de defesa:
Membros da banca:
Thiago Cruvinel da Silva; Karina Maria Salvatore de Freitas; Vivian de Agostino Biella Passos; Simone Soares
Orientador: Thais Marchini de Oliveira Valarelli; Marcio de Menezes
Resumo

O propósito deste estudo foi apresentar dois artigos que mostram as alterações das dimensões dos arcos dentários de crianças com fissura labiopalatina antes e depois das cirurgias primárias. O primeiro estudo foi proposto para avaliar as alterações dimensionais dos arcos dentários de neonatos com fissura labiopalatina antes e após a realização de duas técnicas distintas de cirurgias plásticas primárias. A amostra foi composta de 114 modelos dentários em gesso de 57 crianças, divididos em dois grupos: Grupo I 26 neonatos, fechamento do lábio realizado aos 3 meses de vida pela técnica de Millard e palato total aos 12 meses, pela técnica de von Langenback (VL); Grupo II 31 neonatos, fechamento do lábio pela técnica de Millard aos 3 meses de vida, correção de asa nasal (técnicas de Mcomb ou Skoog) e palatoplastia anterior com retalho de vômer aos 3 meses. A palatoplastia posterior foi realizada aos 12 meses pela técnica VL. Os modelos foram analisados em 2 fases: (F1) pré-queiloplastia e (F2) 1 ano pós-palatoplastia. No segundo estudo o objetivo foi realizar uma avaliação longitudinal das alterações das dimensões dos arcos dentários de crianças com fissura labiopalatina. A amostra foi composta de modelos digitais de crianças com fissura completa de lábio (Grupo 1), completa de lábio e palato (Grupo 2), e completa de palato (Grupo 3), obtidos nas fases de pré-queiloplastia (Fase 1), pré-palatoplastia (Fase 2), 1 ano póspalatoplastia (Fase 3). As medidas das dimensões dos arcos dentários nos dois estudos foram realizadas nos modelos digitalizados e analisados utilizando software Appliance Designer. As seguintes dimensões foram obtidas: distância intercaninos, distância intertuberosidade, comprimento anterior do arco dentário e comprimento total do arco. Um avaliador previamente calibrado e treinado realizou as avaliações para os dois estudos. Foi aplicado o Teste t e a Análise de Variância, seguida do Teste de Tukey. Para o primeiro estudo não houve diferença estatisticamente significante na fase pré-queiloplastia entre os grupos. Na fase 1 ano pós-palatoplastia houve diferença para o comprimento anteroposterior do arco dentário (p=0,002), entre os grupos, com valores maiores para o grupo I. Para o segundo estudo, no Grupo 1, as distâncias C-C, T-T e I-TT apresentaram diferença estatisticamente significante entre a F1 e F2, com aumento na F2. Para o Grupo 2, houve diferença estatisticamente significante em todas as fases avaliadas. As distâncias C-C e I-CC apresentaram menor valor na F3, T-T diminuiu em todas as fases, e I-TT aumentou em todas as fases. No Grupo 3, as distâncias C-C, T-T e I-TT mostraram diferença estatisticamente significante com aumento na F3. Quando avaliadas as medidas entre os grupos e fases, C-C e T-T mostraram um valor maior para o Grupo 1. A comparação entre F2 e F3 mostraram para as distâncias C-C e I-CC valor menor para o Grupo 2, e I-TT foi maior para o Grupo 3. As avaliações longitudinais nos arcos dentários mostraram que a queiloplastia e palatoplastia causam maiores alterações de crescimento e desenvolvimento maxilares de pacientes com fissura completa de lábio e palato. (AU)

Processo FAPESP: 15/17437-8 - Análise morfométrica tridimensional dos arcos dentários de crianças com fissura labiopalatina: estudo longitudinal.
Beneficiário:Bianca Zeponi Fernandes de Mello
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado