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Sistemática e taxonomia de Rudgea Salisb. (Palicoureeae, Rubiaceae)

Texto completo
Autor(es):
Carla Poleselli Bruniera
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: São Paulo.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Instituto de Biociências (IBIOC/SB)
Data de defesa:
Membros da banca:
Milton Groppo Junior; Maria Fernanda Aguiar Calió; Jose Rubens Pirani; Jefferson Prado; André Olmos Simões
Orientador: Milton Groppo Junior; Daniela Cristina Zappi
Resumo

A sistemática da família Rubiaceae passou por grandes mudanças nas últimas duas décadas. O uso de dados moleculares levou a revisões significativas na classificação intra-familiar, principalmente a nível genérico. As relações entre alguns dos gêneros neotropicais mais diversos de Rubiaceae (e.g. Psychotria, Palicourea e Rudgea) estão sendo investigadas. O gênero neotropical Rudgea possui c. 130 espécies, distribuídas do México ao nordeste da Argentina, com dois centros de diversidade, um no noroeste da América do Sul, e outro no sudeste do Brasil. As espécies são caracterizadas pelas estípulas inteiras ou fimbriadas, com apêndices glandulares, presença de domácias nas folhas, inflorescência terminal, lobos da corola corniculados e sementes profundamente sulcadas na face adaxial. Trabalhos filogenéticos anteriores incluíram uma amostragem limitada de espécies do gênero Rudgea. Nossas análises moleculares mostram Rudgea como um gênero monofilético com a exclusão de R. woronovii, uma espécie mais próxima de Palicourea sensu lato. Por outro lado, R. stipulacea emergiu como grupo-irmão das demais espécies de Rudgea, sendo o grupo formado por estas espécies altamente sustentado e denominado \"Rudgea sensu stricto\". Mudanças taxonômicas serão necessárias para acomodar Rudgea stipulacea, e uma classificação infragenérica de Rudgea será proposta, com suporte molecular e morfológico. Além da análises filogenéticas, também foi realizado um tratamento taxonômico para as espécies brasileiras de Rudgea, com 64 espécies aceitas e 26 sinônimos novos. Informações nomenclaturais completas foram fornecidas e 36 lectótipos foram designados. Chaves de identificação para as espécies e subespécies (quando apropriado) também foram apresentadas. Informações sobre distribuição geográfica, habitat, fenologia, discussões taxonômicas, material examinado e figuras também foram apresentadas. Este é o primeiro tratamento de Rudgea para o Brasil desde a monografia de Mueller Argoviensis em 1881 para a Flora Brasiliensis. Como parte dos estudos taxonômicos em Rudgea, o manuscrito que compreende as descrições de duas novas espécies da Bahia (Brasil) e o manuscrito com novas combinações em Rudgea e Palicourea sensu lato também foram incluídos nesta tese (AU)

Processo FAPESP: 10/18172-4 - Sistemática e taxonomia de Rudgea Salisb. (Psychotrieae, Rubiaceae)
Beneficiário:Carla Poleselli Bruniera
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado