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Relação energia: proteína na nutrição do Black Bass (Micropterus salmoides)

Texto completo
Autor(es):
Leandro Portz
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Piracicaba.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALA/BC)
Data de defesa:
Orientador: Jose Eurico Possebon Cyrino
Resumo

Com o objetivo de determinar as exigências nutricionais em proteína e energia e avaliar alterações nas formas de reserva de energia na carcaça de juvenis de black bass, peixes com 14,46 ± 0,81 g de peso vivo, condicionados a aceitar alimento artificial, foram estocados em 90 gaiolas de volume igual a 60 L, alojadas em caixas de 1.000 L em um laboratório com condições ambientais controladas, e alimentados por 64 dias com rações extrusadas com níveis de proteína variando entre 34 e 54 % (incrementas de 4 %) e teores de energia digestível variando de 3.600 a 4.100 kcal/kg de alimento (incrementas de 125 kcal/kg). O experimento foi desenvolvido em um delineamento inteiramente casualizado em esquema fatorial 6 x 5 (n=3). Foram avaliados parâmetros de ganho de peso, consumo alimentar diário, conversão alimentar, eficiência protéica, taxa de crescimento específico e retenção de nutrientes. Não houve interação significativa (P > 0,05) entre os níveis de proteína e energia das rações para os parâmetros avaliados. Através do método da regressão segmentada, foi determinado um nível mínimo de proteína dietética de 43,59 % para um ganho de peso diário máximo de 0,80 %, e de 44,82 % de proteína na dieta para uma conversão alimentar ótima de 1,04. O nível de energia dietética de 3.871 kcal/kg garantiu uma conversão alimentar otimizada de 1, 13. O consumo diário de alimento diminuiu com o aumento das taxas de proteína (P < 0,0001) e energia (P < 0,0237) na dieta. As melhores taxas de eficiência protéica e crescimento específico ficaram em torno dos níveis de 46 a 50 % de proteína dietética. Os valores de deposição de proteína e energia na carcaça corroboraram os resultados de níveis mínimos de proteína determinados, apresentando um melhor resultado em torno do agrupamento das médias com 42 % de PB. Os resultados permitiram inferir que os limites da relação energia proteína para nutrição do black bass estão entre 7,78 e 8,83 kcal/g, com conversão alimentar entre 0,96 a 1,10. Em relação aos parâmetros relação hepato-somática, relação víscero-somática, deposição protéica e energética, glicogênio hepático e lipídio visceral, não houve interação (P > 0,05) entre níveis de proteína e energia. Rações com teores médios de 42 % de proteína bruta induziram maior acúmulo de glicogênio hepático (P < 0,0442), assim como aumento da relação hepato-somática (P < 0,0001), mostrando que há uma alta eficiência no acúmulo de energia prontamente utilizável, bem como melhor utilização dos nutrientes das rações, desde que estas contenham níveis de carboidratos inferiores a 30 %. O aumento dos níveis de energia das dietas através da inclusão de óleo nas rações induziu aumentos significativos no acúmulo total de lipídios na carcaça quando as médias eram agrupadas por níveis de energia, e induziu acúmulo de lipídios nas vísceras para os agrupamentos de médias tanto por teor de proteína (P < 0,0001) como de energia dietética (P < 0,0021). (AU)

Processo FAPESP: 98/01980-7 - Determinação da relação energia:proteína e avaliação do efeito de diferentes níveis e fontes proteicas da dieta, no desempenho e composição da carcaça do black bass Micropterus salmoides
Beneficiário:Leandro Portz
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado