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Morfologia do sistema reprodutivo masculino e dos espermatozóides de Ephemeroptera (Insecta) e análise do seu potencial filogenético

Texto completo
Autor(es):
Pedro Vale de Azevedo Brito
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia
Data de defesa:
Membros da banca:
Mary Anne Heidi Dolder; Sônia Nair Báo; Cléber Macedo Polegatto; Jose Lino Neto; Elidiomar Ribeiro da Silva
Orientador: Frederico Falcão Salles; Mary Anne Heidi Dolder
Resumo

Entre as ordens de insetos alados com representantes vivos, os membros da ordem Ephemeroptera estão entre os mais antigos que existem. Suas ninfas são aquáticas e os adultos, alados, sobrevivem por pouco tempo, morrendo logo após o acasalamento. Ainda existem algumas dúvidas sobre a relação dos Ephemeroptera com os demais Pterygota, bem como algumas famílias dentro da ordem são atualmente consideradas parafiléticas. A morfologia do sistema reprodutivo masculino e dos espermatozoides dos insetos pode fornecer informações úteis para estudos filogenéticos. No entanto, tais estudos envolvendo espécies de Ephemeroptera são escassos. O objetivo deste trabalho foi estudar a morfologia do sistema reprodutivo masculino e dos espermatozoides de espécies de Ephemeroptera existentes no Brasil, analisando a variabilidade morfológica encontrada nessas espécies. No Brasil são encontradas espécies pertencentes a dez famílias de Ephemeroptera e analisamos a morfologia do sistema reprodutor masculino de seis espécies pertencentes a cinco famílias e os espermatozoides de 17 espécies pertencentes a nove famílias. Nas seis espécies a morfologia do sistema reprodutivo foi muito constante sem glândulas acessórias ou órgãos especializados no armazenamento de espermatozoides. No entanto, observamos diferentes padrões de organização da musculatura intrínseca dos ductos espermáticos, provavelmente refletindo diferenças na fisiologia reprodutiva de cada espécie. A morfologia dos espermatozoides se mostrou mais variável. As espécies da família Leptophlebiidae possuem espermatozoides aflagelados e imóveis. Nas demais famílias, os espermatozoides são flagelados e móveis. A organização do axonema se mostrou constante nas diferentes espécies com o padrão 9+9+0 típico para esses insetos. Apenas os microtúbulos acessórios mostraram variação na estrutura, podendo assumir o padrão de subunidades 13+7 ou 13+0. Os flagelos são caracterizados por apenas uma mitocôndria que se alonga por quase todo flagelo. A morfologia dos corpos acessórios dos flagelos varia entre as espécies. Parece haver correlação entre a organização das cristas mitocondriais e os corpos acessórios. A morfologia da vesícula acrossomal é variável podendo estar relacionada com diferenças na espessura do corion dos ovos. No início dos flagelos observamos o adjunto do centríolo, que acreditava-se estar ausente nos espermatozoides dos Ephemeroptera. Em uma espécie estudada o núcleo dos espermatozoides está associado paralelamente ao flagelo. Nossos resultados sugerem que os espermatozoides dos Ephemeroptera possuem variabilidade morfológica suficiente para fornecer dados para futuros estudos filogenéticos. No entanto, é preciso que mais espécies sejam estudadas aumentando a abrangência dentro do grupo. Alem disso, alguns pontos como a origem dos corpos acessórios dos espermatozoides dos Ephemeroptera precisam ser melhor estudados (AU)

Processo FAPESP: 07/07522-1 - Morfologia dos sistemas reprodutivos masculinos e dos espermatozoides de Ephemeroptera (Insecta) e análise do seu potencial filogenético
Beneficiário:Pedro Vale de Azevedo Brito
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado