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O processo de interação comunicativa de duas crianças com sindrome de Down e comportamentos autisticos

Texto completo
Autor(es):
Glenda Saccomano Castro
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Faculdade de Ciências Médicas
Data de defesa:
Membros da banca:
Ivone Panhoca; Ana Paula de Freitas; Evani Andreatta Amaral Camargo
Orientador: Maria de Lurdes Zanolli; Ivone Panhoca
Resumo

Esta pesquisa teve como objetivo analisar o processo de interação comunicativa entre duas crianças com síndrome de Down e comportamentos autísticos, com idades de 9 e 12 anos, e entre estas e a terapeuta, enfocando modalidades de comunicação verbal e não-verbal estabelecidas durante brincadeiras de faz-deconta. As crianças frequentam diariamente uma instituição especial localizada no interior do Estado de São Paulo, e apresentam histórias de vida peculiares: uma delas reside em um orfanato desde os 3 meses de idade e a outra reside com a avó paterna, por determinação judicial, devido a uma história conturbada de episódios de agressão, rejeição e negligência por parte da mãe. Tais histórias configuram, portanto, quadros importantes do ponto de vista sócio-histórico afetivo. O estudo foi norteado pelos princípios da pesquisa qualitativa participante de orientação sócio-histórica. A coleta dos dados foi realizada durante sessões fonoaudiológicas semanais na instituição frequentada pelas crianças, em um período de 6 meses, com aproximadamente uma hora de duração cada. Após a seleção dos episódios considerados mais significativos para o propósito deste estudo (a partir da vídeo-gravação das sessões realizadas e posterior transcrição) os dados foram analisados considerando-se tanto as premissas da análise microgenética (que evidenciam a análise minuciosa de um processo) quanto as formulações do paradigma indiciário (que apontam para a importância dos pormenores, dos indícios). Os resultados mostraram que, a partir da mediação da terapeuta, as crianças apresentaram, com maior frequência, intenção comunicativa e interesse pela interação, inclusive com utilização da comunicação não-verbal e início da comunicação verbal por parte de uma delas, durante as brincadeiras de faz-de-conta. Concluiu-se, portanto, que as crianças apresentaram desenvolvimento qualitativo na interação comunicativa, tanto entre elas quanto entre elas e a terapeuta, possibilitando a construção e o compartilhamento de significados, com a inserção destes sujeitos nas situações ali vivenciadas (AU)

Processo FAPESP: 08/52585-4 - Analise do desenvolvimento da gestualidade e linguagem oral no processo interacional de duas criancas com sindrome de down associada a caracteristicas autisticas
Beneficiário:Glenda Saccomano Castro
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado