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Treinamento físico de camundongos machos (Fº) e repercussões epigenéticas sobre os mecanismos moleculares e funcionais da ação e secreção de insulina da prole

Texto completo
Autor(es):
José Maria Costa Junior
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia
Data de defesa:
Membros da banca:
Everardo Magalhães Carneiro; Licio Augusto Velloso; Ronaldo de Carvalho Araujo; João Bosco Pesquero; César Renato Sartori
Orientador: Camila Aparecida Machado De Oliveira; Everardo Magalhães Carneiro
Resumo

Fatores ambientais podem afetar diversos fatores genéticos através de modificações epigenéticas, modificações estas que também ocorrem em células germinativas e são transmitidas a prole. A grande maioria dos estudos tem demandado foco para esclarecer os efeitos da ingesta alimentar sobre a próxima geração. No primeiro artigo, nós demonstramos que o treinamento paternal pode contribuir positivamente com a homeostase glicêmica da prole alimentada com dieta padrão, induzindo aumento da tolerância à glicose devido melhora da sensibilidade à insulina. Estes efeitos foram associados com maior expressão do gene PI3Kca e IGF-2, ambos relacionados com o aumento da sinalização da via da insulina no musculo esquelético, enquanto que o imprinted gene H-19 teve sua expressão reprimida pelo treinamento paternal. A alteração da expressão genica foi associada a modificações do epigenôma, com alterações na metilação do DNA, relacionada aos respectivos genes. Interessantemente, nós observamos que a metilação do DNA no tecido espermático dos progenitores apresentou alta semelhança com as alterações epigenéticas observadas no musculo esquelético da prole. No segundo artigo, nós avaliamos o efeito do treinamento paternal em prole constituída por camundongos machos alimentados com dieta rica em gordura. Neste caso, o treinamento paternal induziu uma potencialização dos efeitos deletérios da dieta gordurosa sobre a sensibilidade à insulina, o que acarretou uma dramática intolerância à glicose, associada com uma incapacidade de compensação à resistência insulínica. Os prejuízos na função das ilhotas pancreáticas observadas foram associadas à menor expressão do fator de transcrição máster das células beta pancreáticas HNF4-a, provavelmente devido ao aumento da metilação do DNA na região promotora do referido gene. Nossos achados indicam que o treinamento paternal altera a susceptibilidade para o desenvolvimento de doenças relacionas com distúrbios do controle glicêmico de maneira positiva ou negativa, dependendo do ambiente em que a prole for exposta. E nos permite sugerir que a orientação de possíveis modificações do estilo de vida do indivíduo deve considerar o histórico de vida pregressa dos progenitores (AU)

Processo FAPESP: 11/23605-0 - Treinamento físico de camundongos machos (F0) e repercussões epigenéticas sobre os mecanismos moleculares e funcionais da secreção de insulina da prole (F1) submetidas à dieta hiperlipídica
Beneficiário:José Maria Costa Júnior
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado