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Sistemas biorresponsivos para liberação sustentada de fármacos visando a quimioprevenção do câncer de mama.

Texto completo
Autor(es):
Giovanna Cassone Salata
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: São Paulo.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Instituto de Ciências Biomédicas (ICB/SDI)
Data de defesa:
Membros da banca:
Luciana Biagini Lopes; Newton Andréo Filho; Nádia Araci Bou Chacra; Leticia Veras Costa Lotufo
Orientador: Luciana Biagini Lopes
Resumo

A despeito da alta incidência do câncer de mama, há escassas estratégias farmacológicas quimiopreventivas que, em função dos graves efeitos adversos sistêmicos, implicam em baixa adesão. Retinoides são capazes de inibir o desenvolvimento tumoral por regularem o crescimento e diferenciação celular, e dentre eles, a fenretinida é considerada promissora para a prevenção de câncer de mama por acumular-se no tecido mamário. Entretanto, além dos efeitos adversos graves, sua elevada lipofilicidade resulta em baixa biodisponibilidade oral. Para contornar essas limitações e possibilitar seu uso na quimioprevenção, o presente estudo objetivou o desenvolvimento de microemulsões que, por meio da administração subcutânea e absorção de água tecidual, transformam-se em fase líquido-cristalina capaz de prolongar a liberação local do fármaco. Diversas microemulsões foram preparadas, sendo selecionadas as compostas por [fosfatidilcolina]:[monoleína:tricaprilina]-propilenoglicol nas proporções 1:1-30% e 9:1- 50%. Ambas apresentaram diâmetro inferior a 230 nm, originaram fase líquido- cristalina quando adicionadas de 1% ou mais de água e prolongaram a liberação de Alexa Flúor 647 in vivo por mais de 30 dias, mas a microemulsão 1:1-30% causou irritação local e formação de uma cápsula fibrosa. A fenretinida foi incorporada na concentração de 1% (m/m), e, sua liberação seguiu cinética de pseudo-primeira ordem, sendo aproximadamente 30% liberado após 9 dias. O tratamento de células MCF-7 e T47D com a formulação 9:1-50% contendo fenretinida mostrou-se mais citotóxico comparado à 1:1-30%, levando à sua escolha para estudos subsequentes. Esta formulação também reduziu a migração celular em 65,2 e 75,9%, quando utilizada em concentrações equivalentes a IC5 e IC15 (concentrações necessárias para reduzir a viabilidade em 5 ou 15%) comparado a células não tratadas. Em modelos 3D, o tratamento com 9:1-50% na concentração equivalente a IC30 reduziu a viabilidade dos esferoides em 28,8%. No modelo animal de carcinogênese induzida quimicamente, a formulação mostrou-se segura e efetiva, sendo capaz de inibir o desenvolvimento de tumores de mama. Os promissores resultados apontam para o potencial desta nova plataforma na quimioprevenção do câncer de mama. (AU)

Processo FAPESP: 17/23213-0 - Sistemas biorresponsivos para liberação sustentada de fármacos visando a quimioprevenção do câncer de mama
Beneficiário:Giovanna Cassone Salata
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado