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Interatoma de Siglec1 após a ligação ao HIV-1

Texto completo
Autor(es):
Maria Clara Martins Ferreira
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: São Paulo.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Instituto de Ciências Biomédicas (ICB/SDI)
Data de defesa:
Membros da banca:
Bruna Cunha de Alencar Bargieri; Simone Gonçalves da Fonseca; Daniela Santoro Rosa; Luis Lamberti Pinto da Silva
Orientador: Bruna Cunha de Alencar Bargieri
Resumo

O HIV-1 tem nos linfócitos T CD4 suas principais células alvo. Entretanto, células da linhagem mieloide também podem se infectar pelo HIV-1 através da interação com receptores CD4, CCR5 e CXCR4. Macrófagos podem sobreviver infectados por longos períodos e apresentam compartimentos contendo vírus (VCCs), onde HIV-1 se acumula e se mantém infectivo. Por essas razões, macrófagos se apresentam como reservatórios virais em potencial. Por outro lado, células dendríticas (DCs) raramente se infectam pelo HIV-1, mas são capazes de capturar vírus e mantê-los em compartimentos onde não são degradados. São capazes ainda de realizar transferência viral para células T CD4 através do processo de trans-infecção. A captura de HIV-1 por DCs maduras na trans-infecção é mediada por uma proteína de superfície, denominada Siglec1, que se liga ao ácido siálico de gangliosídeos no envelope viral. Siglec1 também é expresso por macrófagos, e sua importância nessas células vem sendo relacionada com a formação de VCCs. Todavia, os mecanismos moleculares de internalização e sinalização envolvendo esta lectina ainda não estão bem elucidados. Ainda não se sabe se existem proteínas que auxiliem Siglec1 nesses processos. Portanto, neste trabalho, tivemos como objetivo a identificação de proteínas com potencial de interação com Siglec1, em DCs e em macrófagos, após incubação com HIV-1. Para isso, foram realizados experimentos de co-imunoprecipitação de Siglec1 a partir de lisado de DCs e macrófagos derivados de monócitos humanos após incubação com partículas semelhante a vírus de HIV-1. As proteínas co-imunoprecipitadas obtidas por espectrometria de massas foram identificadas e após processos de mineração in sílico dos dados foi possível demonstrar que o citoesqueleto celular e suas proteínas associadas parecem desempenhar importante papel no auxílio ao Siglec1 na captura e internalização do HIV-1. Após análises por espectrometria de massas, algumas dessas proteínas identificadas foram validadas por Western Blotting e microscopia de fluorescência. A compreensão desses mecanismos moleculares envolvidos na interação de Siglec1 com HIV-1 poderá abrir caminho para o desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas focando na dispersão do vírus pelas DCs e nos reservatórios em macrófagos. (AU)

Processo FAPESP: 19/01733-8 - Interatoma de siglec1 após a ligação ao HIV-1
Beneficiário:Maria Clara Martins Ferreira
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado