Busca avançada
Ano de início
Entree


Estudo físico-químico e bioquímico da lipoproteína de alta densidade em estados de hipo e hiperalfalipoproteinemia: associação com a espessura íntimo-medial de carótidas

Texto completo
Autor(es):
Fernanda Alexandre
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Faculdade de Ciências Médicas
Data de defesa:
Membros da banca:
Eliana Cotta de Faria; Nelson Eduardo Duran Caballero; Lázaro Alessandro Soares Nunes
Orientador: Eliana Cotta de Faria
Resumo

Baixas concentrações do colesterol de lipoproteínas de alta densidade (HDL-C) constituem um dos fatores para o desenvolvimento da doença aterosclerótica, principal causa de morte nos países desenvolvidos e emergentes. Dados na literatura demonstram que o diâmetro da partícula de HDL tem sido um novo e potencialmente importante marcador do risco de doença cardiovascular aterosclerótica. A literatura demonstra que o diâmetro da HDL e sua concentração plasmática em colesterol estão correlacionados e sujeitos à influência do sexo e de fatores pró-aterogênicos. Dados recentes demonstraram que o número de partículas de HDL pode servir como um método melhor do que o HDL-C para avaliar o risco cardiovascular. Além disso, outras análises físico-químicas da HDL como volume, composição química e carga livre e agregação, podem conferir informações relevantes sobre a partícula. Desta forma, este trabalho teve como objetivos estabelecer valores de referência para o diâmetro e volume da HDL, por sexo e idade, utilizando-se a técnica de Dynamic Light Scattering (DLS) que foi similar à de RNM, em uma amostra da população Brasileira, e avaliar o diâmetro, volume, composição química, número de partículas, carga livre e formação de agregados da HDL em modelos humanos de normo, hiper e hipoalfalipoproteinemia verificando a relação destas medidas com as concentrações de HDL-colesterol plasmático ou com a composição química da partícula de HDL e dados antropométricos, metabólicos e com a aterosclerose precoce, na tentativa de verificar se o diâmetro desta lipoproteína está relacionado à doença cardiovascular e à dislipidemia em humanos. Com base nos resultados obtidos, foi demonstrado que o diâmetro da HDL, igual a 7,89nm ± 0.72 nm e para o volume igual a 196.60 ± 69.21nm3, foram maiores em mulheres e aumentaram com a idade em ambos os sexos e estes podem ser explicados por diferenças em etnia, padrão alimentar e sedentarismo nesta população. Além disso, demonstramos que hiperalfalipoproteinemicos apresentaram maiores valores para o diâmetro, volume e número de partículas, maior formação de agregados e menor carga livre da HDL em relação a normo e hipoalfalipoproteinemicos. Encontramos correlações positivas significativas com lípases e proteínas de transferência de lípides que sugerem a influencia metabólica destas sobre os parâmetros estudados, e correlações inversas com espessura íntima-média de carótidas indicando o potencial efeito ateroprotetor destes parâmetros. Concluindo, pela primeira vez na população brasileira foram estabelecidos valores de referência do diâmetro e volume da HDL por sexo e idade por técnica de DLS e as correlações encontradas neste estudo com a aterosclerose precoce sugerem que a concentração plasmática de HDL-C não é o único fator de risco negativo para a doença cardiovascular (AU)

Processo FAPESP: 11/16476-9 - Estudo físico-químico e bioquímico da lipoproteína de alta densidade em estados de hipo e hiperalfalipoproteinemia: associação com a espessura íntima medial de carótidas
Beneficiário:Fernanda Alexandre
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado