Busca avançada
Ano de início
Entree


Abordagem proteômica da gestação inicial em búfalas

Texto completo
Autor(es):
Viviane Maria Codognoto
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Botucatu. 2023-01-27.
Instituição: Universidade Estadual Paulista (Unesp). Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia. Botucatu
Data de defesa:
Orientador: Eunice Oba
Resumo

O objetivo deste estudo foi identificar marcadores séricos, urinários e de fluídos uterinos para o diagnóstico precoce da gestação em búfalas. Foram utilizadas 44 fêmeas bubalinas submetidas à sincronização hormonal do estro e divididas aleatoriamente em dois grupos: gestante (n = 30) e não-gestante (n = 14). O grupo gestante foi inseminado artificialmente e dividido em dois outros grupos: P12 (n = 15) e P18 (n = 15), dos quais foram colhidas amostras de fluido uterino, urina e sangue aos 12 e 18 dias após a inseminação durante o abate. Entretanto, no momento da colheita de material, apenas 8 animais de cada grupo apresentaram lavado uterino com a presença de embrião, confirmando a gestação, o que diminuiu o n amostral para 8 (P12 = 8; P18 = 8). O grupo não-gestante também foi redividido em dois grupos no final da sincronização: NP12 (n = 7) e NP18 (n = 7) e amostras de fluido uterino, urina e sangue colhidos no mesmo momento estabelecido para o grupo gestante. Nas amostras de sangue, o plasma foi separado, e a progesterona foi determinada por radioimunoensaio. O restante das amostras e o plasma foram preparados para digestão tríptica e submetidos a espectrometria de massas, por abordagem shotgun. Com relação a progesterona foi observado maior concentrações no grupo gestante (G12: 8,2 ± 1,5 ng/mL; G18: 14,4 ± 1,2 ng/mL) quando comparado aos não-gestante (NG12: 3,7 ± 1,0 g/mL; NG18: 3,9 ± 1,1 ng/mL), respectivamente. O fluido uterino apresentou um total de 1.068 proteínas em ambos os grupos, sendo que 941 diferiram entre os grupos. Na urina foram encontradas 798 proteínas considerando todos os grupos, sendo que 660 diferentes entre eles. As funções moleculares das proteínas relatadas no fluido uterino e urina foram atividade de ligação e catalítica; nos processos biológicos, o processo celular e regulação biológica foram os principais; e entidade anatômica foi o principal componente celular. Concluímos que a determinação da concentração plasmática de progesterona em búfalas pode ser considerada um método de diagnóstico gestacional alternativo quando os demais métodos não podem ser aplicados no período. Já com relação a análise proteômica nossos resultados mostraram mudanças proteicas qualitativas e quantitativas no fluido uterino e urina de búfalas gestantes e não-gestantes, sendo as principais funções destas proteínas atuar no transporte e metabolismo celular, remodelação endometrial necessária para o alongamento do concepto, proteção embrionária e degradação de proteínas defeituosas, funções estas necessárias para manter a receptividade uterina durante o estabelecimento da gestação. (AU)

Processo FAPESP: 18/13338-3 - Proteômica sérica e embrionária de búfalas gestantes
Beneficiário:Viviane Maria Codognoto
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado