Busca avançada
Ano de início
Entree


Perfil proteômico das infecções endodônticas em pacientes diabéticos

Texto completo
Autor(es):
Caroline Loureiro
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Araçatuba. 2023-06-15.
Instituição: Universidade Estadual Paulista (Unesp). Faculdade de Odontologia. Araçatuba
Data de defesa:
Orientador: Rogério de Castilho Jacinto
Resumo

Este estudo teve como objetivo determinar quantitativa e qualitativamente o perfil proteômico da periodontite apical (PA) em pacientes com Diabetes Mellitus tipo 2 (DMT2) em comparação com pacientes não comprometidos sistemicamente e correlacionar a expressão proteica de ambos os grupos com suas funções biológicas. A amostra foi composta por 18 pacientes com PA assintomática divididos em dois grupos de acordo com a presença de DMT2: grupo diabético - pacientes com DMT2 (n = 9) e grupo controle - pacientes sistemicamente saudáveis (n = 9). Após a coleta, as amostras do canal radicular foram preparadas para análise proteômica usando cromatografia líquida de fase reversa e espectrometria de massa. A análise proteômica quantitativa sem marcadores foi realizada pelo software Protein Lynx Global Service. A diferença na expressão proteica entre os grupos foi calculada através do teste t (p < 0,05). As funções biológicas foram analisadas usando o banco de dados Homo sapiens do UniProt. Um total de 727 proteínas humanas foram identificadas em todas as amostras. Entre elas, foram quantificadas 124 proteínas comuns aos dois grupos, das quais 65 proteínas do grupo diabético apresentaram diferenças significativas em relação ao grupo controle: 43 proteínas suprarreguladas (p < 0,05) e 22 subreguladas (p < 0,05). Nenhuma diferença significativa foi observada na expressão proteica das 59 proteínas restantes (p > 0,05). A maioria das proteínas com diferenças na expressão estavam relacionadas à resposta imune/inflamatória. Lipocalina associada à gelatinase de neutrófilos, Plastin-2, Lactotransferrina e 13 isoformas de imunoglobulinas foram reguladas positivamente. Em contrapartida, a proteína S100-A8, a proteína S100-A9, a histona H2B, a defensina 1 de neutrófilos, a defensina 3 de neutrófilos e a proteína induzível por prolactina foram reguladas negativamente. Foram demonstradas diferenças quantitativas na expressão de proteínas comuns aos grupos diabético e controle, principalmente relacionadas à resposta imune, estresse oxidativo, apoptose e proteólise. Esses achados revelaram vias biológicas que fornecem a base para apoiar os achados clínicos sobre a relação entre PA e DMT2. (AU)

Processo FAPESP: 19/14995-0 - Perfil proteômico das infecções endodônticas em pacientes diabéticos
Beneficiário:Caroline Loureiro
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado