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Aulacógeno do Paramirim: análise da deformação finita e encurtamento tectônico, implicações para a evolução do cráton do São Francisco e seus orógenos marginais

Texto completo
Autor(es):
Raulindo Santana Silva Veloso
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: São Paulo.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Instituto de Geociências (IG/BT)
Data de defesa:
Membros da banca:
Ginaldo Ademar da Cruz Campanha; Luiz Guilherme Knauer
Orientador: Ginaldo Ademar da Cruz Campanha
Resumo

Esta dissertação apresenta novas descobertas e investiga questões sobre a Geologia Estrutural da região do aulacógeno de Paramirim. A área de estudo é compreendida como um sistema de riftes intracontinentais desenvolvidos no cráton do São Francisco a partir do período estateriano e que inclui rochas sedimentares do Paleoproterozoico ao Neoproterozoico dos Supergrupos Espinhaço e São Francisco. Durante o ciclo orogênico Brasiliano, esse sistema de riftes e bacias sedimentares sofreu inversão tectônica, resultando no desenvolvimento de dois principais fold-and-thrust belts com vergências tectônicas opostas: a Serra do Espinhaço Setentrional e a Chapada Diamantina Ocidental. O estudo inclui a quantificação da deformação finita, modelagem de matrizes de deformação, modelagem geológica cinemática e estimativas do encurtamento tectônico para a área. Os resultados estimam um encurtamento tectônico para a Chapada Diamantina Ocidental de 17.0% 19.4% e para a Serra do Espinhaço Setentrional de 13.5% 16.3%. Considerando os valores obtidos da relação X/Z dos elipsoides de deformação finita, ambos fold-and-thrust belts foram submetidos a uma magnitude similar de deformação. No entanto, as áreas se diferenciam quanto ao regime de deformação, orientação axial e forma dos elipsoides de deformação finita. A primeira exibe principalmente elipsoides oblados, enquanto a última apresenta elipsoides de forma prolata. O domínio da Chapada Diamantina Ocidental é caracterizado por um regime de empurrões e dobras associadas, enquanto a Serra do Espinhaço Setentrional exibe uma combinação de empurrões, dobras e tectônica transcorrente, com ocorrência de partição de deformação. Além disso, as estimativas de encurtamento tectônico para a área destacam a natureza da região como uma zona de deformação neoproterozoica, o que suporta a hipótese de uma zona de não rigidez entre os segmentos ocidentais e orientais do cráton do São Francisco. (AU)

Processo FAPESP: 22/00433-3 - Aulacógeno do Paramirim: análise da deformação finita e encurtamento tectônico, implicações para a evolução do cráton do São Francisco e seus orógenos marginais
Beneficiário:Raulindo Santana Silva Veloso
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado