Stents absorvíveis liberadores de óxido nítrico produzidos por impressão 3D

Autor(es)

Matheus Fernandes de Oliveira

• Tipo de documento: Tese de Doutorado
• Imprenta: Campinas, SP.
• Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Química
• Data de defesa: 2022-05-18

Membros da banca

Marcelo Ganzarolli de Oliveira; Juliano Alves Bonacin; Maria Isabel Felisberti; Cesar Liberato Petzhold; Danilo Justino Carastan

• Orientador: Marcelo Ganzarolli de Oliveira

Resumo

Os stents absorvíveis (BRS) foram desenvolvidos com o objetivo de eliminar as complicações em longo prazo dos stents liberadores fármacos como a trombose tardia. Entretanto, o aumento das taxas de trombose no primeiro ano após o implante mostra a necessidade de melhorias na compatibilidade dos BRS. Uma possível solução seria a incorporação de substâncias liberadoras de óxido nítrico (NO), devido às ações antitrombogênicas do NO. Neste estudo, desenvolveu-se duas metodologias para a incorporação de grupos doadores de NO em BRS. Na primeira, sintetizou-se um poliéster absorvível, poli(citrato de dodecanodiila) metacrilado (mPDC), que foi usado na produção de BRS por impressão 3D e carregado com um S-nitrosotiol terciário doador de NO, incorporado fisicamente por absorção. Na segunda, desenvolveu-se um novo copolímero, poli(citrato de dodecanodiila-co- mercaptosuccinato de dodecanodiila) metacrilado (mP(DC-co-DM)), que possibilita a impressão de stents e possui grupos sulfidrilas livres que permitem a produção de S-nitrosotióis doadores de NO direto na cadeia polimérica. Os polímeros sintetizados foram caracterizados e os protótipos de stents impressos foram submetidos a ensaios de compressão, de degradação hidrolítica, e de liberação de NO. Ambas as abordagens resultaram em BRS com propriedades mecânicas adequadas para compressão e expansão, e capacidade de degradação hidrolítica e liberação de NO que são desencadeadas pelo contato com meio aquoso, contudo, o stent com o doador de NO ligado na cadeia polimérica tem potencial para liberação de NO mais duradoura do que o stent com doador de NO incorporado por absorção. Ensaio in vitro revelou que a liberação de NO do stent de copolímero tem potencial para estimular a proliferação endotelial na sua superfície. Essas abordagens têm o potencial para superar as complicações enfrentadas pelos BRS atuais (AU)

• Processo FAPESP: 18/02520-5 - Stents bioabsorvíveis de poliésteres polinitrosados doadores de óxido nítrico
• Beneficiário: Matheus Fernandes de Oliveira
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado Direto