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Ecologia de musgos acrocárpicos tropicais: reprodução, distribuição e ecofisiologia

Texto completo
Autor(es):
Wagner Luiz dos Santos
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia
Data de defesa:
Membros da banca:
Fábio Pinheiro; David Nicholas McLetchie; Bárbara Simões Santos Leal; Wanessa Vieira Silva Menezes Batista; Maria do Carmo Estanislau do Amaral
Orientador: Kátia Cavalcanti Pôrto; Juçara Bordin; Fábio Pinheiro
Resumo

A base desta tese abrange uma exploração de múltiplos aspectos da biologia reprodutiva, distribuição e ecofisiologia de várias espécies de briófitas, com ênfase particular em musgos acrocárpicos tropicais. Na primeira parte deste estudo, nosso objetivo foi investigar uma variedade de características reprodutivas em diferentes espécies, fornecendo insights abrangentes sobre a reprodução de briófitas. Esta seção incluiu uma análise da expressão sexual, alocação reprodutiva, razão sexual, densa dependência, demanda conflitante e custos reprodutivos. O Capítulo 1 destacou a formação de esporófitos em Weissia jamaicensis (Mitt.) Grout, expondo os custos associados à produção de ramos e à sobrevivência das brotações. O Capítulo 2 explorou o musgo Fissidens flaccidus Mitt., revelando uma grande densa dependência na expressão sexual masculina. O Capítulo 3 destacou-se sobre os distintos padrões de alocação reprodutiva dentro de sistemas sexuais monoicos, especialmente gonioautoicos, cladautoicos e rizautoicos. No Capítulo 4, uma revisão abrangente enfatizou a necessidade crítica de padronização na quantificação da alocação reprodutiva em briófitas e destacou a adoção de terminologia padronizada em estudos futuros. Em conjunto, esses estudos enriquecem a compreensão da biologia reprodutiva de musgos acrocárpicos tropicais e destacam a importância da padronização metodológica e consistência terminológica neste campo de pesquisa. A segunda parte desta tese investiga a distribuição das espécies de Fissidens, examinando a intricada relação entre seus sistemas sexuais e características funcionais. Esta parte compreende dois capítulos que investigam a ligação entre sistemas sexuais e distribuição de briófitas. O Capítulo 5 analisa as características funcionais de diferentes sistemas sexuais na Mata Atlântica, revelando variações significativas que indicam diversas estratégias reprodutivas, influenciando a adaptação e sobrevivência das espécies neste ecossistema. O Capítulo 6 utiliza uma ferramenta de modelagem de distribuição de espécies para prever como os sistemas sexuais das espécies de Fissidens se relacionam com a adequação e tolerância aos impactos do aquecimento global. Os resultados mostram que diferentes sistemas sexuais exibem taxas distintas de adequação e tolerância a esses efeitos, sugerindo capacidades variadas de lidar com as mudanças climáticas causadas pelo aquecimento global. Esses estudos têm implicações para a ecologia, evolução, conservação e gestão das espécies de Fissidens diante das mudanças ambientais. A terceira e última parte desta tese se concentra em estudos ecofisiológicos realizados na Universidade de Nevada Las Vegas (UNLV), com foco em Bryum argenteum Hedw, uma espécie de musgo amplamente distribuída em todo o mundo. Foi feita uma comparação entre genótipos da Mata Atlântica (uma floresta úmida) e da Caatinga (savana) para discernir possíveis diferenças. Três capítulos destacam os principais resultados desta pesquisa: O Capítulo 7 fornece observações de campo sobre a expressão sexual em B. argenteum, revelando uma frequência menor de expressão sexual em plantas masculinas em comparação com plantas femininas, evidenciando a Hipótese do "Macho Tímido". O Capítulo 8 esclarece distinções fenológicas entre genótipos masculinos e femininos, destacando diferenças no desenvolvimento fenológico e nas respostas fisiológicas. O Capítulo 9 investiga a influência da fenofase (estágios específicos do desenvolvimento vegetal) na tolerância de indivíduos de B. argenteum à dessecação, enfatizando o impacto significativo das fases de desenvolvimento na capacidade da espécie de suportar a dessecação. Essas descobertas contribuem para nossa compreensão da ecofisiologia e biologia reprodutiva de B. argenteum e lançam luz sobre os potenciais efeitos das condições ambientais em seu desempenho em diferentes ecossistemas florestais (AU)

Processo FAPESP: 18/24397-0 - Como os sistemas sexuais se relaciona aos traços reprodutivos, à diversidade genética e à termotolerância em Fissidens Hedw. (Fissidentaceae, bryopsida)?
Beneficiário:Wagner Luiz dos Santos
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado