Reciclagem de pilhas.

Autor(es)

Denise Corrêa de Oliveira

• Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
• Imprenta: São Paulo.
• Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Escola Politécnica (EP/BC)
• Data de defesa: 2002-04-30

Membros da banca

Jorge Alberto Soares Tenório; Jose Deodoro Trani Capocchi; Arthur Pinto Chaves

• Orientador: Jorge Alberto Soares Tenório

Resumo

As pilhas à base de zinco, secas e alcalinas, aplicadas para utilização doméstica apresentam em sua constituição zinco, dióxido de manganês, grafite e mercúrio. Existe um grande esforço dos fabricantes no sentido de eliminar este último. Apesar de ser um resíduo urbano, nos países europeus é crescente a preocupação com a destinação final deste material. Apesar dos trabalhos realizados nos últimos anos, a reciclagem destas pilhas ainda não é economicamente competitiva, comparada à destinação em aterros, por exemplo. Os tratamentos de pilhas de menor custo baseiam-se em operações unitárias de Tratamento de Minérios. Assim o presente estudo teve por objetivo elaborar uma possível rota de tratamento para reciclar pilhas. Foram definidos os parâmetros e rendimentos das etapas de tratamento destas sucatas baseados em operações unitárias de tratamentos de minérios, de baixo custo, visando a remoção deste tipo de resíduo do lixo urbano e recuperação de materiais como zinco e grafite. Foram empregadas as técnicas de moagem em moinho de martelos, separação granulométrica, separação magnética e separação em meio denso. Esta rota pode levar à recuperação de 140 kg de zinco a partir de uma amostra inicial de 1 t de pilhas secas. No entanto, para pilhas alcalinas e misturas dos dois tipos o processamento só forneceu bons resultados até a etapa de separação magnética: moagem, secagem, separação magnética. Em pilhas secas identificou-se zinco, papel, papelão e plástico, aço, grafite e uma pasta preta contendo dióxido de manganês, grafite, cloretos de zinco e de mercúrio. A caracterização de pilhas alcalinas permitiu a identificação de aço, plástico, papel e uma pasta branca contendo principalmente zinco e hidróxido de potássio. ) Considerando-se a presença de mercúrio nas pilhas secas, o presente trabalho também objetivou o tratamento destas segundo uma rota pirometalúrgica, com tratamentos em temperaturas até 600´GRAUS´C, para retirada do Hg. Obteve-se eliminação de até 95% do mercúrio presente nas pilhas secas com tratamento a 600´GRAUS´C durante duas horas. O tratamento pirometalúrgico também viabilizou a recuperação do zinco presente nessas pilhas por destilação em temperaturas maiores, 900´GRAUS´C e 1000´GRAUS´C. O tratamento a 1000´GRAUS´C reduziu significativamente o teor de zinco das pilhas zinco-carbono, e possibilitou a redução do Mn´POT.4+´ para Mn´POT.2+´. (AU)

• Processo FAPESP: 00/12290-3 - Reciclagem de pilhas.
• Beneficiário: Denise Corrêa de Oliveira
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado