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Habitats de corais de águas profundas no sudeste do Brasil: Distribuição espacial e dinâmica temporal

Texto completo
Autor(es):
Nayara Ferreira Carvalho
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: São Paulo.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Instituto Oceanográfico (IO/DIDC)
Data de defesa:
Membros da banca:
Paulo Yukio Gomes Sumida; Marcelo Visentini Kitahara; José Angel Alvarez Perez
Orientador: Paulo Yukio Gomes Sumida; Erik E Cordes
Resumo

Esta tese investigou habitats de corais profundos no sudeste do Brasil, examinando sua composição, distribuição e características morfológicas e correlacionando aspectos de seu estabelecimento e desenvolvimento com dados históricos de temperatura e salinidade, bem como sua estruturação em diferentes massas de água. Com base nisso, as variáveis bióticas e abióticas exploradas no primeiro capítulo forneceram uma base para o estudo da megafauna associada aos corais, tanto séssil quanto móvel, para identificar a estrutura dos agrupamentos e as afiliações com o habitat e o substrato. Reconhecendo a natureza dinâmica desses ambientes, quatro habitats de corais adicionais em duas profundidades diferentes foram selecionados (na bacia adjacente devido a considerações logísticas) para investigar como as flutuações nas variáveis ambientais influenciaram as mudanças na megafauna móvel associada ao longo do tempo, e avaliar a estruturação da comunidade. Em decorrência de uma colaboração com a Petrobras, a coleta de dados empregou ferramentas avançadas, como um ecobatímetro multifeixe, vídeos de caracterização ambiental obtidos com ROVs, uma série de lançamentos de CTD na plataforma e no talude continental, e um observatório submarino equipado com câmeras, flashes, ADCP, CTD e sensores de clorofila e turbidez. Entre os principais achados, destacamos a publicação de uma lista fotográfica de 63 táxons de corais de águas profundas na Bacia de Santos; as três características morfológicas de corais de águas profundas encontradas na Bacia de Santos, com recifes de Desmophyllum pertusum desenvolvendo-se no talude superior sob a influência da Água Central do Atlântico Sul, com uma variação de temperatura conhecida de 12,4 a 16,6 °C, e montes carbonáticos de coral predominando no talude intermediário sob a influência da Água Intermediária Antártica, com a predominância de Solenosmilia variabilis; o papel significativo que a estrutura morta e D. pertusum desempenharam na predição da ocorrência de organismos sésseis e móveis associados a esses habitats de corais; e, os principais preditores de variações na megafauna móvel dentro desses habitats de corais ao longo do tempo, como flutuações na direção da corrente, clorofila e turbidez. Todos os achados, detalhados em três capítulos principais de pesquisa, revelaram a complexidade intrincada e a heterogeneidade desses ambientes nas águas profundas brasileiras. (AU)

Processo FAPESP: 18/13141-5 - Distribuição espacial e dinâmica temporal dos corais de águas profundas da Bacia de Santos, e seu papel como hotspots de biodiversidade
Beneficiário:Nayara Ferreira Carvalho
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado