Busca avançada
Ano de início
Entree


Dinâmica das células dendríticas na anemia falciforme e seu impacto na imunidade adaptativa

Texto completo
Autor(es):
Matheus Ajeje de Souza
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia
Data de defesa:
Membros da banca:
Renata Sesti Costa; Leonilda Maria Barbosa dos Santos; Bruno Deltreggia Benites
Orientador: Renata Sesti Costa
Resumo

As células dendríticas (DCs) desempenham um papel crucial tanto na imunidade inata quanto adaptativa, atuando como sentinelas contra patógenos e influenciando a polarização de linfócitos T para perfis específicos. Na anemia falciforme (AF), uma doença hemolítica, moléculas associadas a danos (DAMPs), como hemoglobina e heme, são liberadas em grande quantidade durante a hemólise, as quais podem ser reconhecidas por monócitos, neutrófilos e DCs, resultando em uma resposta inflamatória crônica, fator que contribui para a fisiopatologia da AF. Alterações nos padrões moleculares das células apresentadoras de antígenos, como as DCs, podem afetar o equilíbrio nos perfis linfocitários, cruciais na defesa contra diversas doenças. Portanto, este estudo visa investigar o fenótipo das subpopulações de DCs quanto ao perfil de ativação, migração e expressão de hemeoxigenase 1 (HO-1), enzima que metaboliza o heme, na AF, correlacionando-os com o perfil de resposta de linfócitos T. Utilizando um modelo animal de AF, observamos um aumento das DCs em linfonodos e baço, porém uma diminuição na medula óssea de animais falciformes em comparação aos saudáveis. Além disso, houve alteração nas porcentagens dos diferentes subtipos de DCs nos animais falciformes, bem como redução de seus progenitores imediatos da medula óssea, indicando alterações no desenvolvimento e diferenciação de DCs na AF. Análises das DCs circulantes de pacientes revelaram uma diminuição de algumas dessas subpopulações de DCs com alta expressão de HO-1 na circulação. Em conjunto, esses dados indicam uma possível alteração no padrão de migração. As associações entre os parâmetros das células dendríticas (DCs), linfócitos T e dados hematológicos indicam uma possível influência das DCs nos sinais clínicos associados à gravidade da AF. Além disso, sugerem que certos subtipos de DCs desempenham um papel na polarização dos linfócitos T para um perfil Th17, reconhecido por seu caráter inflamatório, além de sugerir que iDCs possam estar relacionadas à redução de linfócitos Treg em pacientes, o que pode contribuir para a inflamação crônica na AF. O estudo destaca a dinâmica das DCs na AF e ressalta a necessidade contínua de pesquisa para desenvolver estratégias terapêuticas específicas que contribuam para a qualidade de vida dos pacientes (AU)

Processo FAPESP: 22/01755-4 - Mecanismos envolvidos no processo de ativação das células dendríticas e monócitos na anemia falciforme
Beneficiário:Matheus Ajeje de Souza
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado