A circulação geográfica do tempo: ciências atmosféricas, derivativos climáticos e a mercantilização do futuro

Autor(es)

Fernando Molnar Castro

• Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
• Imprenta: São Paulo.
• Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH/SBD)
• Data de defesa: 2025-02-07

Membros da banca

Manoel Fernandes de Sousa Neto; Rildo Borges Duarte; José Maria do Rosário Chilaúle Langa; Carlos de Almeida Toledo

• Orientador: Manoel Fernandes de Sousa Neto

Resumo

Esta pesquisa discute como ocorreu a complexa relação entre o mercado financeiro e as ciências atmosféricas para a criação de dois instrumentos financeiros que supostamente ajudariam nas políticas econômicas de adaptação às mudanças climáticas. O primeiro instrumento aqui discutido são os derivativos climáticos. Mostro como estes instrumentos são negociados na Bolsa de Valores de Chicago, e como aconteceu a criação e a propagação dos derivativos climáticos dos EUA para a Europa, Canadá, Japão e Austrália. O segundo instrumento são os seguros de índices climáticos, discutidos, aqui, como parte de um processo de neocolonização de alguns países da África e da América Latina. A dissertação mostrará como algumas instituições financeiras se apropriaram dos dados e instrumentos meteorológicos como uma estratégia para tentar superar as crises do capital e climática. Ao promoverem o cercamento dos dados e de toda infraestrutura de instrumentos meteorológicos, estas instituições financeiras tentam cercear os debates sobre adaptação às mudanças climáticas, limitando o debate, na África e América Latina, aos seguros de índices climáticas (AU)

• Processo FAPESP: 22/07420-4 - A Circulação Geográfica do Tempo: ciências atmosféricas, derivativos climáticos e a mercantilização do futuro
• Beneficiário: Fernando Molnar Castro
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado