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Estrutura social e alo-amamentação de catetos (Tayassu tajacu) em cativeiro

Texto completo
Autor(es):
Cibele Biondo
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: São Paulo.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Instituto de Psicologia (IP/SBD)
Data de defesa:
Membros da banca:
Vera Silvia Raad Bussab; Adriana Gonela; Regina Helena Ferraz Macedo; Patricia Izar Mauro; Emma Otta
Orientador: Vera Silvia Raad Bussab
Área do conhecimento: Ciências Humanas - Psicologia
Indexada em: Banco de Dados Bibliográficos da USP-DEDALUS; Biblioteca Digital de Teses e Dissertações - USP; Index Psi Teses - IP/USPPsi-Teses Logo
Localização: Universidade de São Paulo. Biblioteca do Instituto de Psicologia; HM706; B615e
Resumo

A estrutura social é a rede de relações estabelecidas entre os indivíduos do grupo e essa estrutura pode ser afetada por fatores como o parentesco e a condição nutricional. Um comportamento intrigante, que foi associado ao parentesco e à condição nutricional, é a alo-amamentação, em que uma fêmea amamenta filhotes de outras fêmeas. Este estudo teve por objetivos determinar a influência do parentesco e da condição nutricional na estrutura social de catetos (Tayassu tajacu) em cativeiro e descrever os eventos de alo-amamentação, buscando verificar variáveis que possam ajudar a compreender o comportamento nesta espécie. Para tal, foram observados dois grupos de animais cativos, um com dez indivíduos (grupo B2) e outro com sete (grupo B3). O grupo B2 foi submetido a uma dieta com 16% de proteína bruta e o B3, com 12%. Os animais dos dois grupos tiveram seu sangue coletado para a análise de parentesco, que foi feita utilizando-se marcadores moleculares microssatélites. Como ainda não tinham sido desenvolvidos primers de microssatélites para catetos, foram testados primers desenvolvidos para suínos. Essa metodologia mostrou-se eficaz para acessar locos de microssatélites em catetos e foi possível, através dela, estimar o coeficiente de parentesco entre os indivíduos. As interações afiliativas e agonísticas e os eventos de alo-amamentação foram registrados pelo método de todas as ocorrências. A proximidade espacial foi obtida registrando-se o padrão de subgrupos formados pelos indivíduos por meio de varredura instantânea. No geral, o grupo B2 apresentou maior ocorrência de interações agonísticas e afiliativas do que o B3, e foi caracterizado por uma estrutura igualitária quanto às relações de dominância, enquanto que o B3 se apresentou mais organizado hierarquicamente. O parentesco não pareceu influenciar diretamente a freqüência das interações agonísticas, mas foi possível associar esta variável com a freqüência de interações afiliativas e proximidade espacial. Os indivíduos aparentados ficaram mais próximos na estrutura espacial e, principalmente no B3, interagiram mais afiliativamente. Os eventos de alo-amamentação foram pouco freqüentes e não pareceram acarretar muitos custos para a fêmea. Foi levantada a questão de que tal comportamento possa ser um comportamento afiliativo e possibilitar a formação de vínculos entre os filhotes e as fêmeas alheias. (AU)

Processo FAPESP: 02/04356-0 - Organização social e amamentação cooperativa em catetos (Tayassu tajacu): implicações ontogenéticas e filogenéticas
Beneficiário:Cibele Biondo
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado