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Estudo eletrocardiográfico em cães geriátricos submetidos à anestesia geral

Texto completo
Autor(es):
Andreza Conti
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: São Paulo.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ/SBD)
Data de defesa:
Membros da banca:
Silvia Renata Gaido Cortopassi; Flavio Massone; Julia Maria Matera
Orientador: Silvia Renata Gaido Cortopassi
Área do conhecimento: Ciências Agrárias - Medicina Veterinária
Indexada em: Banco de Dados Bibliográficos da USP-DEDALUS; Biblioteca Digital de Teses e Dissertações - USP
Localização: Universidade de São Paulo. Biblioteca da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia; FMVZ /T.1294
Resumo

O traçado eletrocardiográfico, observado durante a anestesia geral, pode diferir morfologicamente do traçado pré-anestésico. O que não se conhece é o grau de influência que os fármacos anestésicos exercem sobre o registro eletrocardiográfico de um cão geriátrico submetido à anestesia geral e a que ponto estas alterações eletrocardiográficas interferem em sua hemodinâmica. Avaliou-se oitenta e dois cães geriátricos (categoria de risco I ou II) foram distribuídos em três grupos: grupo I, cães de pequeno porte (até 10 kg, n=36); grupo II, cães de médio porte (11 a 25 kg, n=27), e grupo III, cães de grande porte (26 a 45 kg, n=19). Além da avaliação eletrocardiográfica, os exames pré-anestésicos constaram de hemograma completo, mensuração sérica de uréia, creatinina, proteína total e albumina; foram feitas mensurações séricas de potássio, cálcio, sódio e magnésio. A medicação pré-anestésica constou de acepromazina associada à morfina ou a meperidina ou somente morfina. A indução foi feita com propofol ou propofol associado ao midazolam, e a manutenção da anestesia realizada com isofluorano em oxigênio a 100%. Durante a anestesia, os cães foram monitorados continuamente com auxílio de um eletrocardiógrafo computadorizado que avaliou o ritmo cardíaco, a freqüência cardíaca, o intervalo PR, a largura e a morfologia do complexo QRS, o segmento ST, a morfologia, a amplitude e a polaridade da onda T. Avaliou-se também a pressão arterial sistólica, média e diastólica; a freqüência respiratória; a ventilação avaliada através da observação da concentração de dióxido de carbono expirado e dos valores de pressão parcial de dióxido de carbono no sangue arterial; a oxigenação, avaliada através da oximetria de pulso, da pressão parcial de oxigênio no sangue arterial e da saturação da oxi-hemoglobina arterial. Os animais foram submetidos à ventilação assistida ou à controlada quando observou-se hipoventilação e hipercapnia. Nos três grupos, o ritmo cardíaco mais freqüente foi o sinusal normal (88%). Observou-se taquicardia sinusal em alguns momentos do trans-operatório em 9% dos animais. Pouco freqüente, mas com importância hemodinâmica, observou-se bradicardia sinusal (3%) associada à hipotensão. Assim, neste estudo o isofluorano não proporcionou o aparecimento de arritmias e promoveu estabilização hemodinâmica dos animais. Observou-se aumento não significante do intervalo PR que do ponto de vista biológico deve ser considerado importante, visto que aproximadamente 11% dos animais que apresentavam intervalo PR normal com ritmo sinusal , evoluíram para bloqueio atrioventricular de primeiro grau. Observou-se bloqueio atrioventricular de primeiro grau em 2% dos animais no eletrocardiograma pré-anestésico, e 1% evoluiu com bloqueio atrioventricular de 2o grau Mobitz tipo I. As alterações no segmento ST e onda T durante o período trans-anestésico, foram muito freqüentes e relacionadas principalmente a hipoventilação. (AU)

Processo FAPESP: 00/10117-2 - Estudo eletrocardiográfico em cães geriátricos submetidos à anestesia geral
Beneficiário:Andreza Conti
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado