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Reavaliação do contexto tectonico dos basaltos do greenstone belt do Rio Itapicuru (Bahia), com base na geoquimica de elementos-traço

Texto completo
Autor(es):
José Paulo Donatti Filho
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Geociências
Data de defesa:
Membros da banca:
Elson Paiva de Oliveira; Roberto Perez Xavier; Sergio de Castro Valente
Orientador: Elson Paiva de Oliveira
Resumo

O Greenstone Belt Paleoproterozóico do Rio Itapicuru, nordeste do Cráton do São Francisco, está inserido integralmente no Bloco Serrinha e possui um domínio vulcânico máfico com um contexto geodinâmico de formação em debate, se arco, bacia de retro-arco ou rifte intracontinental. Dados geoquímicos dos basaltos deste domínio foram obtidos com o intuito de reavaliar a geoquímica e o contexto tectônico de formação dessas rochas com base principalmente na geoquímica de elementos-traço de elevado poder interpretativo (e.g. Low Field Strenght Element (LFSE), High Field Strenght Element (HFSE), e Rare Earth Element (REE)). Este domínio é composto de lavas almofadadas, basaltos variolíticos, basaltos maciços e porfiríticos, bem expostos no curso médio do Rio Itapicuru. A paragênese metamórfica indica condições variando de fácies xisto verde a fácies anfibolito. O domínio é composto basicamente por basaltos Fe-toleíticos subalcalinos, que são divididos geoquimicamente em dois grupos: ThI ¿ enriquecidos em Ti-P e elementos-traço incompatíveis, e outro, representado pelos toleiítos tipo II (ThII) que exibem baixas concentrações nesses elementos. Os ThII são mais primitivos geoquimicamente, exibindo valores relativamente mais elevados em Mg, Ni e Cr. Espacialmente os dois grupos distribuem-se em dois domínio distintos, um a leste (ThI), e outro a oeste (ThII). O enriquecimento seletivo e a alta mobilidade de alguns elementos litófilos (e.g. Rb, Ba, Na, Cs) indicam que os basaltos passaram por processos de metassomatismo em ambiente oceânico. A lacuna composicional entre elementos incompatíveis dos dois grupos (e.g. P, Ti, Zr, Th, Nb) indica que a petrogênese não pode ser explicada por cristalização fracionada isoladamente. Provavelmente, diferentes estágios de fusão parcial seguido de cristalização fracionada foram suficientes para gerar líquidos basálticos distintos. A modelagem geoquímica sugere taxas de fusão variando entre 10-25% de uma mesma fonte sublitosférica (LaN/NbN =1) sem a presença de granada (LaN/LuN ~1). A composição sugerida da fonte mantélica dos basaltos foi um lherzolito ou plagioclásio lherzolito, que passou por um primeiro estágio de fusão (10-15%) dando origem aos ThI, e sucessivamente um segundo estágio de fusão (15-25%) que gerou os ThII. A presença de uma nítida anomalia negativa de Nb e a semelhança geoquímica com basaltos continentais (e.g. Paraná e Deccan), indicam uma significante assinatura crustal. Os resultados geoquímicos de elementos-traço sugerem para os basaltos do Greenstone Belt do Rio Itapicuru uma semelhança petrotectônica com basaltos transicionais (T-MORB) de ambiente continental a oceânico, similar nos dias de hoje com a margem continental Atlântica (AU)

Processo FAPESP: 05/52780-3 - Reavaliacao do contexto tectonico dos metabasaltos do greenstone belt do rio itapicuru, bahia, com base em analises de elementos-traco.
Beneficiário:José Paulo Donatti Filho
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado