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Prosa que tece a vida, estórias de mulheres em KwaZulu-Natal, África do Sul

Texto completo
Autor(es):
Maíra Cavalcanti Vale
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
Data de defesa:
Membros da banca:
Omar Ribeiro Thomaz; Antonádia Monteiro Borges; Emília Pietrafesa de Godoi
Orientador: Omar Ribeiro Thomaz
Resumo

O presente trabalho é fruto dos aprendizados ao longo do curso de mestrado e de três meses de trabalho de campo na África do Sul. O trabalho foi desenvolvido com foco no cotidiano de algumas mulheres negras, moradoras da região de KwaZulu-Natal e falantes de isiZulu, através dos diversos grupos dos quais fazem parte. Estes estão ligados a funerais e maneiras de poupar dinheiro - nos quais se encontram periodicamente para guardar certa quantia que poderá ser utilizada quando precisarem para os grandes custos de funerais ou rituais para os ancestrais -, como também relacionados ao ganho de recursos pela venda de artesanatos feitos de miçangas, alimentos produzidos em hortas comunitárias ou na criação de galinhas. A partir dessas experiências é também feita nesta dissertação uma discussão sobre a própria forma de se fazer e escrever a pesquisa. Ao usar no texto elementos trazidos de diversas formas de conhecimento, como a literatura, o trabalho de campo e alguns filmes, tentei demonstrar aquilo que aprendi com as pessoas que me receberam, de uma forma que pudesse espelhar a complexidade da vida e transpirar as confusões supostas em se estar na África do Sul. A escolha da narrativa tem como intenção ser instrumento que desenha a importância da terra e da ancestralidade, e de tudo que a ela está vinculado politicamente, na vida das mulheres e casas que me acolheram ao longo da pesquisa. Assim como nas próprias relações traçadas a partir das diferenças de língua e de cor. A ideia é construir conhecimento antropológico de uma forma em que a narrativa faça parte da reflexão, contando as estórias das pessoas que encontrei em diversas linguagens. O pressuposto aqui é, pois, de que é possível que a própria narrativa faça parte da construção de uma linguagem do conhecimento científico e analítico que se paute nas formas com que as próprias interlocutoras de campo pensam suas vidas (AU)

Processo FAPESP: 10/04236-0 - Um diálogo entre miçangas: mulheres e terras na região de KwaZulu-Natal, África do Sul
Beneficiário:Maíra Cavalcanti Vale
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado