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Radialista: análise acústica da variação entoacional na fala profissional e na fala coloquial

Texto completo
Autor(es):
Luana Caroline Pereira Campos
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Estudos da Linguagem
Data de defesa:
Membros da banca:
Plinio Almeida Barbosa; João Antonio de Moraes; Sandra Madureira
Orientador: Plinio Almeida Barbosa
Resumo

O objetivo deste trabalho é estudar a diferença entre a fala coloquial e a fala profissional do locutor de rádio, analisando, em um primeiro momento, sua entoação através dos parâmetros de gama tonal, valor absoluto de frequência fundamental (f0), forma melódica do foco e alinhamento tonal. O sujeito da pesquisa foi um locutor de rádio, do sexo masculino, de 39 anos de idade, de uma emissora AM de Campinas, com um programa diário local de variedades. As gravações foram feitas em sala silenciosa, com microfone profissional, diretamente no computador através de placa de som. Os dados foram analisados acusticamente, utilizando o programa de análise acústica PRAAT (www.praat.org), focalizando a entoação por meio do correlato acústico da entoação: o parâmetro f0. A coleta de dados foi realizada por meio de uma entrevista semiestruturada informal (entrevista) com o locutor, solicitando-se que produzisse uma fala coloquial de diversos assuntos usualmente abordados na mídia na época da gravação. Durante a entrevista o locutor, espontaneamente, narrou um trecho de um gol do seu time, sendo esse trecho uma simulação de locução de jogo de futebol (simulação). A transcrição ortográfica por completo da entrevista foi realizada, e foram selecionados 10 trechos, que foram transcritos para formato de texto formal. De cada um dos 10 trechos selecionados foram elaboradas 5 frases no estilo de manchetes jornalísticas, sendo utilizadas as mais similares à locução radiofônica, somando um total de 29 manchetes. Após um tempo, foi solicitada ao locutor a leitura dos trechos transcritos e reescritos de forma profissional, como se estivesse atuando no rádio. Essa leitura foi realizada em taxa de elocução habitual (leitura normal), em taxa de elocução rápida (leitura rápida), e imitando o estilo profissional de narração futebolística (leitura futebol). Para validação dos estilos foi realizado um teste de percepção auditiva, a fim de verificar se o locutor foi eficiente nas tarefas solicitadas: leitura normal em comparação com a entrevista, e leitura futebol em comparação com leitura normal. A finalidade foi observar as diferenças e estratégias usadas pelos locutores para atrair a atenção dos ouvintes durante sua emissão. Após análise dos dados, concluímos que, como estratégia para diferenciar os estilos de locução, o locutor utiliza, quando a frequência fundamental (f0) é semelhante, primeiramente da variação da taxa de elocução, e em seguida a variação da duração das pausas silenciosas e da taxa de produção de proeminências. Quando a taxa de elocução é semelhante - como na leitura rápida e na leitura futebol- a estratégia utilizada pelo locutor para diferenciação do estilo de fala é, primeiramente, a variação da média de f0, assim como da duração das pausas silenciosas, e dos intervalos entre as proeminências (AU)

Processo FAPESP: 10/02030-6 - Radialista: análise acústica da variação entoacional durante fala profissional e fala coloquial.
Beneficiário:Luana Caroline Pereira Campos
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado