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Eficácia anestésica da bupivacaína complexada com 2-hidroxipropil-ß-ciclodextrina em bloqueio do nervo alveolar inferior e em infiltração subcutânea em ferida cirúrgica, em ratos

Texto completo
Autor(es):
Luciano Serpe
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Piracicaba, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Faculdade de Odontologia de Piracicaba
Data de defesa:
Membros da banca:
Francisco Carlos Groppo; Paulo Henrique Ferreira Caria; Rogério Heládio Lopes Motta
Orientador: Maria Cristina Volpato; Francisco Carlos Groppo
Resumo

Este estudo teve como objetivo avaliar a eficácia anestésica da formulação de bupivacaína complexada com 2-hidroxipropil-ß-ciclodextrina, comparando-a com soluções comerciais de bupivacaína com e sem vasoconstritor, em dois modelos experimentais: bloqueio do nervo alveolar inferior (BNAI) e infiltração subcutânea em ferida cirúrgica (ISFC). Para o BNAI 30 ratos receberam, próximo ao forame mandibular, 0,2ml de uma das seguintes formulações: bupivacaína 0,5% (Bupi), bupivacaína 0,5% com epinefrina 1:200.000 (Bupi-Epi) e formulação de bupivacaína 0,5% complexada com 2-hidroxipropil-ß-ciclodextrina (Bupi-HP?CD). Os lados contralaterais (controle) receberam solução de NaCl 0,9% ou solução de 2-hidroxipropil-ß-ciclodextrina (HPßCD) sem anestésico local. Foram avaliadas latência, sucesso e duração da anestesia pulpar por meio da aplicação de estímulo elétrico ("pulp tester"). Para a ISFC, 30 animais receberam 0,1mL de cada uma das formulações anestésicas ou o respectivo controle na pata traseira direita, 24h após indução de hipernocicepção (ferida cirúrgica - incisão e sutura). A pata traseira esquerda também recebeu injeção, constituindo o controle sem hipernocicepção. A anestesia foi avaliada pela aplicação de força ao lado da ferida (analgesímetro de von Frey). Os resultados foram submetidos à ANOVA e aos testes de Tukey, Student-Newman-Keuls, Kruskal-Wallis, Log Rank e Qui-Quadrado (alfa = 5%). No BNAI não foram observada s diferenças na latência entre as formulações (p>0,05); Bupi apresentou menor duração de anestesia (p<0,05) que Bupi-Epi e Bupi-HPßCD, sem diferença entre estas (p>0,05). Bupi-Epi apresentou maior sucesso de anestesia que Bupi-HPßCD e esta, maior sucesso que Bupi (p<0,05). Para ISFC, nas patas sem hipernocicepção Bupi-Epi induziu maior duração de anestesia do que Bupi (p<0,05); Bupi-HPßCD não diferiu das demais (p>0,05); quanto ao sucesso, Bupi-Epi induziu maior sucesso que as demais soluções e Bupi-HPßCD, maior sucesso que Bupi (p<0,05). Nas patas com hipernocicepção Bupi-Epi induziu maior sucesso de anestesia do que as demais formulações (p<0,05), sem diferença entre estas (p>0,05). Não houve diferença entre as formulações quanto à duração da anestesia nas patas com hipernocicepção (p>0,05). Concluí-se que a complexação da bupivacaína em HP?CD aumentou a taxa de sucesso, mas não a duração da anestesia no BNAI e na ISFC na ausência de hipernocicepção, em relação à bupivacaína sem aditivos, não sendo eficaz em aumentar a eficácia da bupivacaína em tecido com hipernocicepção. A epinefrina aumentou a eficácia anestésica da bupivacaína, à exceção do modelo de ISFC com hipernocicepção, o qual diminuiu a eficácia de todas as soluções de bupivacaína estudadas (AU)

Processo FAPESP: 09/11820-3 - Eficácia anestésica da preparação de bupivacaína com hidroxipropil beta-ciclodextrina em bloqueio do nervo alveolar inferior e em ferida cirúrgica, em ratos.
Beneficiário:Luciano Serpe
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado