Busca avançada
Ano de início
Entree


A encenação do corpo: o discurso de uma imprensa (homo) erotico-pornografico como pratica intersemiotica

Texto completo
Autor(es):
Graziela Zanin Kronka
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Estudos da Linguagem
Data de defesa:
Membros da banca:
Sírio Possenti; Dominique Maingueneau; Elisabeth Brait; João Wanderley Geraldi; Maria Cecília Pérez de Souza e Silva; Ingedore Grunfeld Villaça Koch; Jonas de Araújo Romualdo; Maria do Rosário Gregolin
Orientador: Sírio Possenti
Resumo

Inserida no percurso pessoal de pesquisa em torno dos discursos da/sobre a (homos)sexualidade, esta tese tem como objetivo discutir a construção de corpos a partir da encenação da nudez em publicações brasileiras de nu masculino voltadas para o público homossexual. Pela natureza do material analisado - revistas que incluem textos verbais e fotografias -, adota-se uma perspectiva discursiva verbo-visual. Portanto, a atividade analítica guia-se, sobretudo, pela concepção de prática intersemiótica, proposta por Maingueneau (1984), segundo a qual textos de domínios semióticos diferentes (verbal e não verbal) derivam das mesmas restrições discursivas e, portanto, devem ser interpretados a partir da mesma grade semântica. Interessa observar não somente a mera exposição de corpos nus, mas a encenação da exibição da nudez. A cenografia discursiva constrói um entorno de revelação da intimidade do corpo nu que nada mais é do que um pretexto para a exibição de uma genitália desnuda, grande, ereta, potente e, antes de tudo, heterossexual. A instauração de uma hetero-masculinidade valorizada a partir de determinadas características físicas denuncia a necessidade de renegar qualquer possibilidade de aproximação com a homossexualidade, em especial, com a existência do estereótipo mais visível da homossexualidade: o homossexual afeminado. Dessa maneira, as revistas especializadas constituem um espaço para a enunciação da homossexualidade, desde que ela seja encenada nos moldes (dos estereótipos) da heterossexualidade. Consideram-se os textos analisados enquanto corpos textuais que definem uma prática interdiscursiva de corpos sexuais. Assim, questiona-se como a relação entre uma atividade textual e uma atividade sexual resulta na apresentação (e/ou na representação) de um corpo considerado como distintivo de certa orientação sexual (AU)

Processo FAPESP: 01/13972-3 - Desejo e poder: a gramática da aceitabilidade do corpo em textos do discurso (homo)erótico
Beneficiário:Graziela Zanin Kronka
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado