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Pluriatividade e desenvolvimento rural no Estado de Santa Catarina

Texto completo
Autor(es):
Lauro Francisco Mattei
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Economia
Data de defesa:
Orientador: Jose Francisco Graziano da Silva
Resumo

A lógica que fundamentou a modernização da agricultura pressunha uma identidade entre desenvolvimento agrícola e desenvolvimento ruraL Sabe-se hoje que, onde essas políticas foram implementadas, a agricultura se modernizou mas a pobreza rural persistiu. É justamente este fato que permite afirmar que os parâmetros de desenvolvimento rural transcendem a esfera agrícola, não podendo mais ser identificados em termos setoriais e nem ser avaliados apenas a partir dos níveis da produtividade agrícola. Há um consenso na literatura especializada de que as atividades econômicas presentes no espaço rural não podem ser reduzidas apenas à sua função primordial de produção alimentar. Atualmente existe um conjunto de outras atividades sendo desenvolvidas nesse espaço, as quais romperam com o enfoque tradicional que colocava a agricultura como atividade hegemônica do mundo ruraL Este processo gera novas dinâmicas técnico-produtivas que causam fortes impactos sobre o mundo do trabalho ruraL Por um lado, a modernização e a integração produtiva elevaram a produtividade do trabalhando liberando mão-de-obra no interior das famílias. Por oufro, aumenta o número de agricultores e de seus familiares ocupados em atividades que não estão mais diretamente relacionadas à agricultura. No âmbito deste processo surgem as famílias pluriativas, as quais passam a combinar as atividades agrícolas com as atividades não-agrícolas, tanto interna como externamente às propriedades. Neste sentido, o presente estudo analisa as transformações em curso na dinâmica do trabalho rural no Estado de Santa Catarina, com o objetivo de cobrir uma lacuna sobre o tema da pluriatividade, uma vez que a maior parte dos trabalhos existentes se refere a estudos de casos, os quais não dão conta de avaliar a dimensão desse fenômeno no âmbito geral do estado. A principal conclusão extraída das informações analisadas é o que o emprego rural catarinense já não é mais exclusivamente agrícola, tendo em vista a forte tendência de crescimento das ocupações em atividades não-agrícolas para uma parcela importante da PEA ruraL Para se ter uma dimensão desse processo, basta considerar que em 1997, 29% da PEA rural catarinense estava ocupada em atividades não-agrícolas (AU)

Processo FAPESP: 97/08854-4 - A agricultura familiar e o desenvolvimento rural em Santa Catarina: a emergência da pluriatividade
Beneficiário:Lauro Francisco Mattei
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado