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Mecanismos envolvidos na depressão contratil e lesão de miocitos cardiacos submetidos a campos eletricos de alta intensidade

Texto completo
Autor(es):
Pedro Xavier de Oliveira
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação
Data de defesa:
Membros da banca:
José Wilson Magalhães Bassani; Airton Ramos; Reinaldo Wilson Vieira; Alberto Paes Gomes; Wilson Nadruz Junior; Eduardo Tavares Costa; José Antenor Pomilio; Vera Lúcia da Silveira Nantes Button
Orientador: José Wilson Magalhães Bassani; Rosana Almada Bassani
Resumo

A desfibrilação é a única terapia conhecida para reverter o quadro de fibrilação ventricular. Entretanto, a estimulação do coração com campos elétricos de grande magnitude durante a desfibrilação pode lesar miócitos cardíacos, e, como conseqüência, a eficiência contrátil do coração ser reduzida. Neste trabalho, estudamos o efeito da estimulação por campo elétrico (E) de alta intensidade sobre miócitos cardíacos isolados de rato. O valor máximo de potencial extracelular gerado por E (Ve-max) foi estimado usando-se um modelo eletromagnético. Os principais resultados foram: a) A aplicação de E de alta intensidade causa aumento sustentado de [Ca2+] citoplasmática ([Ca2+ ]i), bem como contratura, que são dependentes de [Ca2+] extracelular; para campos maiores que 50 V/cm, estas respostas são irreversíveis e levam à morte celular; b) retículo sarcoplásmatico, mitocôndrias, trocador Na+-Ca2+ de canais de Ca2+ do sarcolema não contribuem de forma significativa para estes efeitos; c) durante aplicação de choques a células despolarizadas com alta [K+] extracelular, observou-se um incremento de Ve-max semelhante ao valor do potencial transmembrana de repouso (Vm ~-85 mV), o que indica que Ve-max pode ser considerado uma estimativa razoável da máxima variação de Vm durante o choque; d) aumento da resistência celular ao efeito letal de E, avaliada pelo valor de E associado a probabilidade de letalidade de 50% (EL50), ocorreu com a aplicação de pulsos bipolares da mesma energia, durante a estimulação de receptores ß- adrenérgicos, e em miócitos isolados de animais nos quais foi induzido stress por imobilização e choques nas patas repetidos. Conclui-se que: a) O aumento sustentado de [Ca2+]i ocorre provavelmente por influxo do íon através de poros hidrofílicos formados na membrana devido à imposição de E de alta intensidade (eletroporação); b) a superioridade de pulsos desfibrilatórios bipolares, já descrita na literatura, pode dever-se, pelo menos em parte, pelo menor potencial letal desta forma de onda; c) tanto a estimulação ß-adrenérgica in vitro, quanto a condição de stress parecem conferir proteção contra o efeito letal de E. Espera-se que estes resultados representem uma contribuição para o desenvolvimento de procedimentos mais seguros, tanto para desfibrilação, quanto para estimulação marca-passo do coração (AU)

Processo FAPESP: 04/10652-6 - Mecanismos envolvidos na depressao contratil e lesao de miocitos cardiacos submetidos a campos eletricos de alta intensidade.
Beneficiário:Pedro Xavier de Oliveira
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado