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Avaliação histológica e imunoistoquímica da inervação intestinal em cães portadores de intussuscepção submetidos a enterectomia

Texto completo
Autor(es):
Leda Marques de Oliveira Barros
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: São Paulo.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ/SBD)
Data de defesa:
Membros da banca:
Julia Maria Matera; Angelo João Stopiglia; Antônio Felipe Paulino de Figueiredo Wouk
Orientador: Julia Maria Matera
Resumo

O objetivo do presente trabalho foi avaliar a preservação da inervação de porções intestinais macroscopicamente viáveis em cães portadores de intussuscepções. Para tanto, realizou-se comparação entre segmento intestinal proveniente deste grupo de animais (G1) e segmentos intestinais de animais sem qualquer distúrbio do aparelho digestório (G2). Avaliações histológicas e imunoistoquímicas foram realizadas em sistema computadorizado (Image Pro-Plus®) além da avaliação tardia da qualidade de vida e função digestiva. As variáveis analisadas foram: densidade média das camadas musculares circular e longitudinal, relação entre as camadas musculares, número média de plexos mioentéricos, densidade celular média dos plexos mioentéricos, grau de degeneração neuronal nos plexos mioentéricos, imunoreatividade à sinaptofisina e ao NSE além de existência de distúrbios de defecação. Com exceção da densidade celular média da camada longitudinal, relação entre as camadas musculares e imunoreatividade à sinatpofisina, todos os demais parâmetros apresentaram diferença estatisticamente significativas entre os grupos testados. Foram observadas correlações entre densidade celular média dos plexos mioentéricos e densidade celular média da camada muscular circular; grau de vacuolização dos plexos mioentéricos e imunoreatividade ao NSE; além de grau de vacuolização dos plexos mioentéricos e densidade celular média dos plexos mioentéricos. Quanto aos anticorpos utilizados, o NSE apresentou melhor padrão de marcação quando comparado à sinaptofisina. Dos 13 cães pertencentes ao G1, três foram a óbito no pós-operatório inicial. No período pós-operatório tardio, três cães apresentaram alterações de consistência e freqüência de defecação, além de episódios diarréicos agudos intermitentes. O tempo de segmento foi de 6 meses após intervenção cirúrgica. Os achados deste estudo sugerem que porções intestinais macroscopicamente viáveis podem apresentar lesões de inervação eventualmente traduzidas em sintomatologia clínica futura. Assim sendo, deve-se avaliar de maneira cuidadosa a margem cirúrgica preservada durante o procedimento de enterectomia/enteroanastomose bem como realizar acompanhamento da função digestória tardia. (AU)

Processo FAPESP: 06/01831-0 - Estudo clínico, cirúrgico e histológico das obstruções intestinais em cães
Beneficiário:Leda Marques de Oliveira Barros
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado