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Infecção e colonização de goiabas por Colletotrichum gloeosporioides e Colletotrichum acutatum sob diferentes temperaturas e períodos de molhamento

Texto completo
Autor(es):
Ana Raquel Soares
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Piracicaba.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALA/BC)
Data de defesa:
Membros da banca:
Lilian Amorim; Nelson Sidnei Massola Júnior; Marise Cagnin Martins Parisi
Orientador: Lilian Amorim
Resumo

Duas espécies de Colletotrichum podem causar antracnose em goiabas: C. gloeosporioides e C. acutatum. Apesar de ser a principal doença pós-colheita da cultura, a influência de variáveis ambientais no seu desenvolvimento é desconhecida. O objetivo do presente trabalho foi determinar a influência das variáveis ambientais no desenvolvimento in vitro e nos processos de infecção e colonização dos fungos Colletotrichum gloeosporioides e C. acutatum em goiabas. A germinação e a formação de apressórios foram determinadas sob temperaturas de 10, 15, 20, 25, 30, 35 e 40 ºC, com períodos de molhamento de 6, 12 e 24 horas, sob escuro contínuo. Nos experimentos in vivo, goiabas \"Kumagai\" e \"Pedro Sato\" foram inoculadas, por ferimento, com suspensão de conídios das duas espécies e incubadas em câmaras de crescimento a 15, 20, 25 e 30 ºC e períodos de molhamento de 6 e 24 horas. Avaliou-se a incidência de frutos doentes, o diâmetro das lesões, a taxa de progresso da doença e os períodos de incubação e latência. Nas goiabas \"Kumagai\" também foi avaliada a influência dos estádios de maturação dos frutos no progresso da doença. Não houve germinação a 40 ºC em nenhuma das duas espécies. A faixa favorável à germinação e à formação de apressórios in vitro foi de 15 a 30 ºC para C. gloeosporioides, com máximo a 25 ºC e de 20 a 25 ºC para C. acutatum, com máximo a 20 ºC. Para C. acutatum, a germinação foi mais sensível a variações no período de molhamento, sendo significativamente menor com 6 horas em relação a 12 e 24 horas. Nos experimentos in vivo, temperaturas de 25 e 30 ºC e 24 horas de molhamento foram mais favoráveis para as variáveis analisadas em goiaba \"Kumagai\". Os diâmetros máximos de lesão foram de 4,0 cm para C. gloeosporioides e 4,1 cm para C. acutatum, em frutos em ponto de colheita, incubados sob temperatura de 25 ºC. A maior incidência da doença (100%) ocorreu 10 dias após a inoculação, a 30ºC e 24 horas de molhamento. O menor período de incubação foi de 7 dias para as duas espécies, observado a 30 ºC e o menor período de latência foi de 10 e 9 dias para C. gloeosporioides e C. acutatum, respectivamente, sob temperaturas de 25 ou 30 ºC. Em goiabas \"Pedro Sato\", as temperaturas entre 20 e 30 ºC e 24 horas de molhamento foram mais favoráveis. Os diâmetros máximos de lesão foram de 3,3 cm para C. gloeosporioides e 3,2 cm para C. acutatum sob temperatura de 25 ºC. A maior incidência da doença (100%) ocorreu 10 dias após a inoculação, a 25 e 30ºC sob 6 horas de molhamento. O período de incubação foi de 7 dias para as duas espécies entre 20 e 30 ºC e o período de latência foi de 8 dias para C. gloeosporioides e 9 dias para C. acutatum sob temperaturas de 25 e 30 ºC. As condições requeridas para as duas espécies fúngicas foram semelhantes, embora o intervalo de favorabilidade seja mais amplo na goiaba \"Pedro Sato\". (AU)

Processo FAPESP: 05/57751-1 - Influência de variáveis ambientais e do estádio fenológico de frutos de goiaba na infecção de Colletotrichium gloeosporioides
Beneficiário:Ana Raquel Soares Colletti
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado